Presidente da Câmara de Mata de São João rebate acusações de João Gualberto

Após o Portal M! ter publicado uma reportagem em que o ex-prefeito de Mata de São João, João Gualberto (PSDB), ter atribuído o rompimento com a atual vice-prefeita, Luciene Tavares Cardoso (PSDB) – conhecida como Lulu – a reeleição do irmão dela, Agnaldo Cardoso (Democratas), à presidência da Câmara de Vereadores do município, o próprio Agnaldo emitiu um comunicado, nesta segunda-feira (6), em que rebate as acusações de Gualberto, um dos pré-candidatos à Prefeitura da cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Segundo o presidente da Câmara, as falas de João Gualberto, inicialmente, causam estranheza. “Entrei na política em 2016, por causa da minha irmã e com uma grande admiração por ele. Não houve nenhuma manobra na Câmara contra ou a favor de ninguém. Tampouco houve distanciamento entre nós”, comentou.

Na sequência, o vereador afirma que o tucano sempre teve uma relação de respeito e amizade com ele, “e eu acho curiosa essa fala de que ficou sabendo de fofoca e xingamento, uma vez que nossa relação sempre foi direta e transparente”.

Cardoso questiona que as falas de Gualberto não deveriam impactar em Lulu, irmã do vereador e também pré-candidata a prefeita, com quem ele tem uma relação por mais de 15 anos. “Também não há que se falar na reeleição da mesa, em janeiro, porque foi um fato anterior ao lançamento da pré-candidatura de Lulu pelo próprio João em julho de 2019. Em momento algum a Câmara dificultou os projetos do Executivo. Tão somente foram feitas as discussões necessárias. Tomamos uma postura mais responsável, analisando e estudando cada projeto antes das votações”, afirma o democrata.

E emendou: “Foi enviado, por exemplo, um projeto que queria dar o valor do metro quadrado de R$ 17,73 em um dos lugares mais valorizados que é a Praia do Forte. Depois que a Câmara questionou, o prefeito Marcelo corrigiu, em um substitutivo, para o valor de R$ 125,40”. 

Na sequência, ele citou outro fato ocorrido em 2018. “Em um novo residencial em Imbassaí, a prefeitura queria fixar o valor em R$ 23,01, por metro quadrado e quando notamos e pedimos informações, o projeto foi substituído por um que trazia o valor de R$ 235,66. Talvez isso pareça afronta para ele, mas não. Apenas buscamos a justiça social e a fixação dos valores adequados. Tanto que eles reconheceram e mudaram”. 

Ainda no documento, Cardoso ressalta que algumas medidas sociais e financeiras foram tomadas amparadas “num modelo de política democrática e justa que o próprio ex-deputado defende”. Essa disposição, inclusive, “fechou o cerco” para o uso de recursos em virtude da pandemia, como João comentou na entrevista. Acho que ele não observou”. Então, “me parece que a incerteza e o temor da crise sanitária em função do novo coronavírus estão sendo usados como uma cortina de fumaça. Afinal, não existia essa crise desde as articulações para a candidatura de Lulu, nem havia nenhum desgaste entre nós”.

Por fim, ele disse que sempre conduziu a Câmara “com a maior responsabilidade, honestidade e buscando sempre o melhor para minha cidade. Afinal, eu sou daqui. Nasci na Vila Sauípe e sou Vereador. Sei do que nosso povo precisa. Espero que ele ponha a cabeça no lugar. Essa crise vai passar”, finaliza o presidênte da Câmara de Vereadores de Mata de São João.