Vixe! O desgaste entre Colbert e o MDB e o efeito Caetano – políticos começam a ser atendidos por Rui

 

A relação do prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, parece não estar nada boa com o seu partido, o MDB. Segundo informações chegadas à Coluna Vixe, ninguém na Princesa do Sertão consegue entender o desprezo e a forma desrespeitosa que o comando da sigla age contra o prefeito da maior cidade do interior baiano. Após receber a chancela da direção estadual, os quatro vereadores emedebistas na cidade assinaram a lista que pede a instalação de uma CPI para investigar Colbert e seu governo. Quando perguntados sobre o assunto, os parlamentares dizem que “quem não deve não teme” e que o prefeito tem que se defender. Um verdadeiro episódio do fogo-amigo.

 

A informação é que o ex-presidente da sigla, Lúcio Vieira Lima, estaria atuando junto com atual dirigente Alex Futuca para isolar e desgastar o prefeito, com o objetivo de convidá-lo a sair do partido, já que Colbert é declaradamente apoiador da candidatura de ACM Neto ao governo, enquanto o MDB admite a possibilidade de conversar com outros pré-candidatos, como o petista Jaques Wagner, e o nome do Republicanos, o new bolsonarista João Roma.

 

 

Até mesmo os quatro vereadores do MDB estariam sendo levados a lançar candidaturas a deputado em 2022, na tentativa de fazer volume eleitoral e contribuir para a formação de bancadas no próximo ano. A pergunta agora na cidade é até quando Colbert vai continuar no partido que visivelmente desrespeita seu cargo e sua história. A buxixo geral é que Lúcio e Futuca não oficializaram a executiva local no ano passado, para facilitar em futuras negociações e intervenções no partido. Até mesmo a cúpula nacional do MDB já estaria sendo acionada para resolver o impasse no seio emedebista. 

 

 

 

O governador Rui Costa tá com agenda política cheia até o final do ano. A orientação no governo é que cada deputado da base leve seis prefeitos aliados para reuniões de trabalho na governadoria. Segundo o novo secretário de Relações Institucionais do estado, Luiz Caetano, as agendas têm servido para dar encaminhamento para as demandas apresentadas pelos gestares baianos. 

 

 “Não entra um prefeito que não saia com várias de suas demandas atendidas”, diz Caetano, que tenta azeitar a relação política do governador com sua base aliada. Inclusive, o petista está na função devido ao pedido do senador Jaques Wagner, pré-candidato do PT ao governo, que via a necessidade de melhorar o relacionamento político do governador, alvo de inúmeras críticas ao longo dos últimos anos. 

 

 

 

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, tem se reunido sempre com deputados estaduais e federais de sua base. Pouco se vê momento dos vereadores da capital e do interior no seu escritório político. Na Câmara de Salvador, por exemplo, o sentimento de alguns parlamentares é que  o dirigente democrata parece não precisar mais nos antigos aliados.

 

Decepcionados 

 

 “Apesar de ex-prefeito, ele não está mais no dia a dia das comunidades de Salvador. Ou dialoga desde agora ou não adianta vir atrás da gente só em 2022”, disparou um aliado, visivelmente decepcionado. 

 

 

 

O vice-prefeito de Mata de São João, Bira da Barraca (DEM), tem se mostrado um verdadeiro aprendiz do atual prefeito João Gualberto, do PSDB. Inexperiente na gestão pública, o vice tem colado literalmente no titular do município, já que todos na cidade sabem que a possível saída de Gualberto para a vaga de vice de ACM Neto, levará Bira a ascender à condição de prefeito de Mata de São João. Diante do exposto, aproveite a oportunidade e aprenda, vice. 

 

 

 

 

 

A decisão do PP de garantir a ascensão do atual vice-governador João Leão como governador do estado nos últimos meses de 2022 não encontra respaldo hoje entre os aliados do PT. A estratégia, que passa pela renúncia do mandato do governador Rui Costa  para disputar a vaga de senador ao lado do também petista Jaques Wagner, esbarra diretamente nos planos e na vontade do senador Otto Alencar, que não esconde o desejo de tentar a reeleição para o Senado Federal. Na base petista, o sentimento é que o rugido alto de Leão não surtirá o efeito necessário pois parte da base teme que o “bonitão” pegue ar ao sentar na cadeira e crie dificuldade para os planos do PT de continuar gerindo o governo da Bahia. 

 

 

Desde a reunião recente que a cúpula do PP teve na governadoria, quando foi apresentada a pauta de transição do governo Rui, que aliados do PT tem conjecturado sobre os cenários que podem vir a acontecer com essa articulação. Muitos dizem que Leão poderia vir a romper com os atuais aliados e bancar uma candidatura à reeleição, numa costura nacional até mesmo de aproximação com o presidente Bolsonaro na Bahia. “Imaginem uma chapa Leão, Roma e Raissa Soares. Daria muito problema para ACM Neto, do DEM, e o próprio Wagner, do PT, pois ele se constituiria como uma real possibilidade de terceira via”, emendava o petista no último final de semana.

 

 

 

As últimas pesquisas eleitorais divulgadas Brasil a fora têm amimado os petistas do Oiapoque ao Chuí. O entendimento geral é que o líder petista tem uma vaga garantida no segundo turno da eleição presidencial. O que muitos não sabem é com quem ele disputará a segunda fase do pleito. Há quem diga que o desgaste sobre o atual presidente Bolsonaro vá se acentuar e ele não irá nem mesmo para o segundo turno. 

 

 

Já outros políticos veem ainda a possibilidade de fortalecimento de uma terceira via ao centro, que pode ser do pedetista Ciro Gomes, que deverá ter o Henrique Mandetta na vice, pelo DEM, ou ainda do tucano Eduardo Leite, com um vice do PSD. Leite se tornou uma opção real para os partidos após ter revelado numa entrevista à Pedro Bial que era gay. O governador do Rio Grande do Sul estará em Salvador na próxima sexta, inclusive. Ele terá um jantar reservado com o ex-prefeito ACM Neto e com os tucanos Adolfo Viana e João Gualberto. 

 

No PSDB o sentimento é que ele conseguiu ganhar projeção nacional após a entrevista, além de incorporar o discurso de renovação do partido. Eduardo caminha para vencer as prévias do partido em novembro e reforçar a imagem de político sério e de bom gestor, sob as bençãos de caciques tucanos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Tasso Jereissati e até mesmo o deputado federal Aécio Neves, que hoje é contra uma candidatura ao Palácio do Planalto. Ah, Leite teria o apoio também da Rede Globo. A conferir.