Para esfriar crise entre Gilmar e Azevedo, Centrão e Judiciário buscam pacificar ânimos

Após a declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, ligando o Exército a um genocídio na pandemia, o que gerou uma reação negativa no meio militar, membros do Centrão e da Procuradoria-Geral da República (PGR) tem buscado meios para arrefecer os ânimos após mais uma polêmica declaração do magistrado.

De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, parlamentares defendem diálogo de paz entre o ministro do STF e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. A colegas, Mendes fez ponderações sobre a interpretação dada à fala dele e tem dito que defendeu um ponto de vista, o que não é crime.

Por outro lado, a pasta chegou a montar uma representação contra o membro da Corte, contando com o endosso do vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), e do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Mas, o documento não havia sido enviada à PGR até a noite da segunda-feira (13).

Ainda conforme a coluna, a avaliação na PGR é de que a análise dessa representação não será rápida, o que contribui para esfriar os ânimos. Nesse vai e vem, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ficou distante e não quis entrar na discussão. Vale lembrar que o ministro Gilmar Mendes é o relator do caso do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no STF.