“Falta de políticas para o campo pode aumentar ainda mais os preços dos alimentos”, afirma Valmir Assunção
De acordo com o deputado federal, o governo Bolsonaro cortou mais de 90% dos programas do Incra
O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) usou dados da Liderança do PT na Câmara para confirmar a tese dele de que o aumento abrupto no preço dos alimentos no Brasil é devido ao corte em orçamentos e à falta de políticas públicas para o campo.
De acordo com Assunção, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cortou mais de 90% dos programas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para assentados e acampados no país para o orçamento de 2021.
“Não precisa ser especialista para saber que a falta de políticas agrárias causaria o aumento dos preços dos alimentos. Isso porque os produtos básicos, como feijão e arroz, que consumimos diariamente, são os agricultores familiares que produzem. Quando se corta políticas de reforma agrária, quando se veta projetos de fomento da agricultura familiar o resultado é esse: aumento no preço dos alimentos”.
Valmir aponta que na proposta de orçamento para o ano que vem, que foi encaminhada ao Congresso por Bolsonaro, o Incra quase zerou as principais ações destinadas aos sem-terra e para infraestrutura dos assentamentos. O orçamento de R$ 3,3 bilhões, em 2020, foi para R$ 3,4 bilhões, em 2021. No entanto, esse crescimento de 4%, segundo Assunção, é ínfimo, pois 66% do total, cerca de R$ 2,1 bilhões, já estão reservados para pagar precatórios. Isso representa um aumento de 22% em relação ao orçamento deste ano.
“Os precatórios são dívidas com fazendeiros. E é isso que esse governo quer, acabar com a reforma agrária e semear a fome no país. Trata-se de uma política não só de desmonte da reforma agrária, mas também de elevação da fome”, descreve o deputado. Ele ainda frisa que Bolsonaro estagnou os processos de aquisição, desapropriação e qualquer outro método de obtenção de terras no país.
Assunção ainda fundamenta que o mesmo acontece com a identificação e a delimitação de territórios quilombolas e indígenas. “Bolsonaro não sabe o que é uso social da terra, não sabe o que tem na Constituição e não tem características de líder. E, com isso, a tendência é que o mapa da fome no Brasil, que já é preocupante, se agrave ainda mais. Sem distribuição das terras, sem o cumprimento da Constituição, Bolsonaro direciona o país para uma situação de fome, beneficiando a velha elite ruralista que só produz commodities”.
Valmir completa que os recursos para a aquisição de terras sofreram redução de 94,6%, ficando em R$ 668 mi, e as verbas para a assistência técnica caíram em 99,9%. Da mesma forma, a redução de valores para a educação no campo foi de 99,8%. Já sobre o reconhecimento de territórios quilombolas, a diminuição foi de 89,8%, e para a consolidação de assentamentos rurais, houve queda de 71%.
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