Derrota de André Mendonça no Senado pode ser debitada na conta de Bolsonaro, afirmam líderes da bancada evangélica

De acordo com líderes da banca evangélica no Congresso Nacional, uma possível derrota do ex-ministro da Justiça, André Mendonça, na sabatina para assumir a cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), deve ser creditada ao presidente Jair Bolsonaro. As informações são do portal G1.

Segundo eles, o empenho de fato para a aprovação do ex-ministro da Justiça partiu deles e não do Palácio do Planalto. “O presidente só decidiu entrar em campo, de verdade, nos últimos dias, depois de sentir que poderia perder o apoio da bancada evangélica. Ficou os últimos meses sem trabalhar a aprovação do André Mendonça. Ele assumiu uma dívida conosco”, disse um líder evangélico da Casa.

Na avaliação desta bancada, a expectativa é que Mendonça seja aprovado diante do trabalho que líderes evangélicos fizeram nas últimas semanas, procurando senador por senador, numa tentativa de convencimento pela sua aprovação. No caso de vitória, será pelo trabalho dos evangélicos. Em caso de derrota, a culpa será do governo.

Por isso, líderes evangélicos dizem que o presidente, caso Mendonça seja rejeitado, terá de indicar um outro nome também “terrivelmente evangélico”.

Para este grupo, se não cumprir seu compromisso, o presidente corre o risco de perder apoio em um momento em que Bolsonaro está com a imagem desgastada e a popularidade em queda.