Alice Portugal critica cortes nas universidades: “Educação e Cultura foram escolhidas como inimigas número 1 deste governo”

A parlamentar disse durante entrevista que o cenário atual vivido pelos brasileiros é o de corte após corte


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redacao 06/06/2022 10:30 Política

“A Educação e a Cultura foram escolhidas como os inimigas número 1 deste governo” é o que diz a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), a respeito do bloqueio dos 61 milhões do orçamento de seis universidades federais e dois institutos federais da Bahia. 

Em entrevista ao programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM (104,7 FM), comandado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, a parlamentar disse que o cenário atual vivido pelos brasileiros é o de corte após corte. Ela chama atenção para a gestão do país, que já está no 5º ministro da Educação.  

“Você cortar 3,2 bilhões, equivalente a 14,5% dos recursos das instituições, só vai ter dinheiro para pagar, luz, telefone e água. Terceirizados em parte porque já há atrasos nas instituições. Impactaria enormemente as universidades. Já na sexta-feira diante do alarido que foi realizado com essa notícia, eles diminuíram 1,6 bilhões. É um governo que solta a balão de ensaio e reduz pela metade para que você se sinta menos atingido”, afirma. 

Grande parte do recurso seria usado na manutenção das estruturas, auxílio aos estudantes e pagamentos de serviços, como água, luz e limpeza. Com o bloqueio, representantes de algumas instituições dizem que não conseguem manter as aulas até o final do ano. De acordo com Alice, com isso, os reitores estão em polvorosa e nos institutos federais há carência de tudo, principalmente alimentação. A solicitação do custeio nos restaurantes tem sido pedida para que não ocorra a evasão de alunos. 

“Hoje estou mandando por oficio para a coordenadora da Bancada, Lídice [da Mata] o pedido de uma reunião de toda bancada com os reitores das universidades e institutos federais. Para que eles possam azarar as necessidades das instituições e constituam conosco pactos, primeiro de uma audiência com o ministro para que ele seja conhecido por todos nós, segundo por uma necessidade de pactuarmos as questões das emendas. Fortalecer a universidade é fortalecer o Brasil e empregos”, pontua. 

Greve de professores  

Após dois anos sem aulas, devido a pandemia da Covid-19, o que chama atenção nesses dias é uma greve de professores da rede municipal em Salvador. A parlamentar diz que isso ocorre porque as leis não estão sendo cumpridas e que há um momento em que a paciência dos professores acaba. 

“Penso que nós temos que ter um pacto de cumprimento de leis em nosso país. Em geral, os municípios recebem a complementação do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica] com o valor suficiente para pagar o piso previsto [dos salários dos professores]. O piso é calculado pelo valor que custa um aluno por sala de aula. Nós queríamos um pouco mais, um custo aluno com qualidade para que nós tivéssemos mais recursos para investir em mais qualidade do ensino. A Prefeitura de Salvador tem condições de aplicar o reajuste, de honrar com os direitos dos professores e há um momento em que a paciência acaba”, diz.  

Outra observação feita pela Prefeitura de Salvador é que a APLB Sindicato age de forma dura contra o município, mas mantém uma postura de cobrança diferente com o governo, que também possui baixos números da educação estadual. A deputada diz que que não há dúvidas que exista equilíbrio. 

“Obviamente que a APLB fala por ela e todos os representados. Sou aliada, observadora externa. Respeito as decisões deles. Digo a você que eu tenho observado muito de perto e não há leniência, agora o Estado negocia mais. O Estado pode não incorporar 100% do reivindicado, mas senta, discute, debate, é um ouvinte melhor para críticas”, opina. 

Confira a entrevista:  

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