Subsídios podem amenizar preços para mais pobres, diz presidente do Banco Central

Para Campos Neto, alimentos e energia poderiam ter ajuda temporária


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Bruno Brito 01/06/2022 23:00 Negócios

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto defendeu, nesta quarta-feira (1º), que a melhoria da arrecadação decorrente da alta global de preços poderia ser usada para subsidiar temporariamente itens como alimentos e energia. Em videoconferência com instituições financeiras internacionais, ele disse que essas medidas poderiam amenizar o custo social da inflação sobre a população de menor renda.

Na opinião de Campos Neto, nem sempre a dinâmica do mercado pode corrigir choques de preços causados por eventos externos. No entanto, o presidente do BC defendeu que ajudas como subsídios sejam apenas provisórias e evitem criar gastos permanentes que prejudiquem as contas públicas no futuro.

“Temos um grande custo social. Preços de alimentos estão subindo, preço da energia está subindo, e temos a parcela mais pobre da população com necessidade de alguma assistência. Transferir uma parte do choque positivo [aumento de arrecadação] para resolver as questões sociais, via subsídios. Essa é uma solução boa, mas o problema é: uma vez que você cria os subsídios, há o risco de se tornar um gasto permanente”, declarou.

Para Campos Neto, as exportações recordes de grãos e de petróleo estão beneficiando o Brasil e impulsionando a arrecadação do governo. Desde o segundo semestre de 2020, as commodities (bens primários com cotação internacional) têm se valorizado. Com o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro deste ano, as cotações subiram ainda mais e atingiram os maiores níveis em quase 20 anos.

 

Sem intervenção direta

Apesar de favorável à aplicação de subsídios em algumas circunstâncias, o presidente do Banco Central disse ser contra a intervenção direta nos custos de produção, como tem sido feito em países europeus.

Ele também disse que, neste momento de forte inflação, a solução “liberal” de esperar os preços se adequarem de acordo com a oferta e a demanda não seria eficiente. Segundo ele, mexer nos custos de produção poderia prejudicar os investimentos privados, levando à defasagem em infraestrutura e a gargalos na produção no futuro.

“Se intervirmos em preços, no processo de produzir petróleo e energia, isso resolverá o problema no curto prazo, mas desencorajará investimentos. Ao final, eu acho que o setor privado é quem vai resolver o problema, e não os governos”, comentou.

 

* Com informações da Agência Brasil

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