Confederação Nacional de Comércio espera que crescimento da economia seja de 2% a 2,5% este ano

O ano de 2020 tende a ter crescimento superior aos anos anteriores. Ao menos esta é a estimativa do economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revelada durante o evento da Fecomércio, na tarde desta quarta-feira (19), sobre a perspectiva econômica deste ano.

“Faço questão de frisar esse termo: ‘tende’. Porque nos últimos anos, embora tenham sido de crescimento da Economia, sempre foi um crescimento de 1%. Esse ano espera-se que Economia cresça em 2% e 2,5%. Um movimento muito parecido com os dos anos anteriores. Podemos dizer que será um ano positivo, mas não dá para esperar um crescimento espetacular”, explicou em entrevista ao M!.

Bentes também teorizou o motivo para a população brasileira não perceber esse crescimento econômico dos últimos anos, tampouco o potencial em 2020. “Como a população cresce em cerca de 1%, é como se ninguém percebesse esse crescimento [econômico]. Então os dados da população estão corretos e o da Confederação também”.

Qualificação e emprego

Com alta de 1,3% em 2019 e há três anos com expansão a nível nacional, o turismo é uma das mais importantes alternativas para o crescimento no varejo baiano. Somente no Carnaval, a atividade deve faturar cerca de R$ 2,2 bilhões – incluindo negócios direta ou indiretamente ligados à festa. Os dados são de Guilherme Dietze, consultor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-BA). Ele participou do debate Perspectivas Econômicas para 2020.

O consultor destacou fatores como o dólar alto e o coronavírus – que estimulam o turismo interno, dentro do país. “As companhias aéreas estão ampliando o número de assentos e voos para a Bahia”, disse. Na Gol, os voos extras para a folia de momo são 10% maiores do que o ano passado. Já a Latam deve elevar em 36% os assentos para o estado.

“Os empresários estão otimistas com o dia a dia do comércio e seus negócios”, assinalou Dietze. Em fevereiro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio atingiu 123,3, o maior desde janeiro de 2014. Porém, ressalta o consultor, o momento é de “otimismo com cautela”, tanto por causa do cenário externo – mesmo antes do coronavírus a China não crescia no ritmo da década passada -, como interno, a exemplo da insegurança jurídica, das eleições municipais e da tensão sobre as reformas Administrativa e Tributária. “O setor de serviços ainda não conseguiu se recuperar da crise”, destaca.