“A pandemia nos traz diversas formas de luto na saúde, no emprego e na vida social”, diz Mário Sérgio Cortella 

De acordo com dados da ferramenta Google Trends, que mostra índices de popularidade de pesquisas no serviço de busca, a procura no Brasil pelo termo “como ser feliz” vem crescendo desde março, quando começou a pandemia do novo coronavírus no país. 

O crescimento da procura de um roteiro de felicidade pode ser explicado como consequência de um sentimento de luto pelas mortes em decorrência da Covid-19. O filósofo Mário Sérgio Cortella reconheceu que a pandemia vem trazendo sentimentos de luto em diversas esferas da sociedade.

“A pandemia nos traz diversas formas de luto na saúde, no emprego e na vida social. Todos esses sentimentos ainda vão ficar por algum tempo, mesmo tendo findado a crise sanitária. A questão aí é como agir para viver e ser feliz”, disse Cortella. 

O filósofo participou, nesta terça-feira (22), de uma entrevista com o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, para o projeto A Tarde Conecta. Na conversa, ele argumentou que uma das melhores formas de encontrar o caminho da felicidade é “não desperdiçar a vida”. 

“Viver em paz é viver com a certeza de que não está desperdiçando a vida. Mas é preciso prestar atenção porque há pessoas que se mostram felizes o tempo todo e há quem se diz infeliz sempre. Quem é feliz toda hora, na verdade é uma pessoa tonta, já quem diz que é infeliz sempre é quem não sabe aproveitar os momentos de felicidade”, afirmou.