Pantanal tem aumento drástico em focos de incêndio, agravados pela seca histórica

Em 2024, o bioma Pantanal registrou um aumento nos focos de incêndio entre os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Só nos primeiros seis meses do ano o aumento foi de 1025% em comparação ao mesmo período de 2023. O Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe)  registrou 1193 focos de incêndio entre os dias 1º de janeiro e 7 de junho, enquanto no ano passado, houve 106 casos no mesmo intervalo de tempo.

O aumento de casos de incêndios já coloca 2024 como o segundo pior ano para o Pantanal, perdendo apenas para 2020. Especialistas afirmam que o aumento dos casos está ligado à seca que assola a região e aos baixos níveis da bacia hidrográfica do Rio Paraguai, que em algumas regiões já está abaixo da média.

Em Corumbá, uma das principais cidades do Pantanal sul-mato-grossense, as consequências da seca e dos incêndios são visíveis, porque a cidade não vê chuvas significativas há mais de 50 dias, e a densa fumaça resultante dos incêndios tem coberto a região, causando graves problemas de saúde pública. Na última sexta (7), alunos e funcionários de uma escola rural da região tiveram que ser evacuados devido aos perigos do fogo e da baixa qualidade do ar.

O Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, em resposta à crise, lançou a Operação Pantanal desde abril, empregando cerca de 83 militares para combater os incêndios. Até o momento, foram controlados incêndios em três parques estaduais, mas grandes áreas continuam em risco.

Os esforços incluem o uso de aeronaves como o Air Tractor, capaz de transportar 3,1 mil litros de água, para combater focos inacessíveis por terra. As autoridades continuam em alerta, monitorando e combatendo os focos de incêndio na esperança de minimizar os danos ao Pantanal.

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