Vixe! Para onde vai Leão e o PP da Bahia? O apoio a Lula lá e oposição a Jerônimo cá. A reforma no secretariado de Bruno. E Elmar ganha destaque no cenário nacional

Toda quarta temos novidades da política, do mundo empresarial, jurídico e das artes pra que você entenda melhor “como a roda gira” nos bastidores

 


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Glaucia Farias 30/11/2022 09:50 Vixe

A pressão do PT na Bahia 

Informações chegadas ao Portal M! dão conta de que o PT avança nas negociações com o governador eleito Jerônimo Rodrigues para que o deputado federal Afonso Florence se torne secretário na cota do partido na Bahia. O que se diz na sigla é que dois nomes que integram a federação PT – PCdoB devem ser alçados ao primeiro escalão do governo estadual para que os suplentes Josias Gomes e Elisângela assumam os mandatos de deputados em Brasília. Pelo que se comenta no entorno do governador eleito, ele terá que ter bastante jogo de cintura para formar seu próprio governo e acomodar os desejos de todos os partidos aliados.

Afonso Florence

Cada um por si 

Eleito deputado estadual pelo PSDB, o novato Pablo Roberto reconheceu, na última semana, em entrevista à rádio Salvador FM, que os candidatos a deputado federal e estadual da oposição na Bahia não pediram voto para o então candidato ACM Neto, que disputava o governo pelo União Brasil. Segundo o tucano, ele e os aliados estavam mais preocupados com suas próprias candidaturas e negligenciaram o aliado. 

Pablo Roberto

Clima de já ganhou fez perder 

Na verdade, durante a entrevista, o deputado PSDB apenas confirmou o que já se tinha de informação dos bastidores. O clima de já ganhou no entorno de ACM Neto fez com que políticos com e sem mandato se desobrigassem a pedir votos para ele, para cuidarem de suas próprias candidaturas. Para isso, basta citar a cidade de Feira de Santana, onde Neto venceu Jerônimo com apenas cinco mil votos de frente. 

ACM Neto

Apoio a Lula lá e oposição a Jerônimo cá 

Apesar do apoio chocho que o ex-candidato Ciro Gomes deu ao presidente Lula no segundo turno, o seu partido, o PDT, deve abocanhar a pasta do Trabalho, na Esplanada dos Ministérios, e marchar na base de sustentação do novo governo petista em Brasília. Costura nesse sentido já estaria sendo feita pelo presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. Segundo algumas pessoas ouvidas no processo, a vitória do PT vai obrigar os pedetistas baianos a separarem o “joio do trigo”, ou seja, o apoio nacional a Lula e a postura de oposição ao governador eleito Jerônimo Rodrigues na Bahia. 

Carlos Lupi

Partidos abrem diálogo lá 

O detalhe é que essa postura de apoio dúbio não ficará à cargo apenas do PDT. Tem outros partidos mais ao centro, como o União Brasil, que teriam começado a dialogar com o PT nacionalmente e já mantém interlocutores como Luciano Bivar e Elmar Nascimento, que transitam com desenvoltura nos mais diversos ambientes de Brasília. Há quem diga, inclusive, que eles teriam mais facilidade de receber o aval dos petistas para compor o novo governo de coalizão, do que um nome puro-sangue, ligado ao ex-prefeito ACM Neto, adversário ferrenho dos petistas na Bahia. 

Luciano Bivar

Posição estratégica no União Brasil

Volta e meia se pergunta qual posição o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, vai jogar após a derrota das urnas. Pelo que se comenta no seu próprio grupo, não há pressa para haver uma definição, mas o que se espera é que ele ocupe uma posição estratégica na executiva nacional do União Brasil. Hoje, Neto atua como secretário-geral e é esperado que ele assuma uma interlocução maior no Congresso e em Brasília, ampliando o diálogo com o governo federal, mas se posicionando como oposição ao PT na Bahia. 

Qual medida terá o seu discurso 

A dúvida, que muitos não sabem ainda como será equacionada pelo ex-prefeito, é com qual medida ele adotará o discurso de alinhamento ao governo federal e o de oposição na Bahia. Até porque, dos mais de 4 milhões de votos que teve no estado houve votos vindos de bolsonoristas e também de lulistas. “E esse espólio terá que ser preservado, com a organização da bancada de oposição na Assembleia”, como disse um aliado de primeira hora, ao defender a separação dos papéis de lá e de cá. 

Discursos dúbios

Diante da decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de construir uma base ampla no Congresso Nacional, esse tem sido, inclusive, um movimento difícil de explicar nos estados. Como integrar um partido da base nacionalmente e fazer oposição a esse mesmo partido no âmbito estadual? A conta não fecha e precisará será respondida pelos atores de cada legenda.

Lula

Para onde vai o PP? 

O Partido Progressista rompeu com o governo Rui Costa e marchou ao lado de ACM Neto na última campanha. O detalhe é que por mais que o PP esteja dividido, eles integram a bancada de 31 deputados oposicionistas, eleitos na Bahia. Há quem diga na própria Assembleia que o partido dificilmente irá se recompor com os governos petistas, mas que a maior parte da bancada deverá fazer o caminho de volta e se aproximar da tinta da caneta e do poder, como se espera que aconteça com os deputados Nelson Leal e Niltinho.  

Nelson Leal

A função estratégica de Leão

Apesar de ter saído menor do que entrou na campanha deste ano, o deputado federal eleito João Leão terá papel fundamental na organização da nova oposição na Bahia. Por mais que muitos deputados do seu partido já sinalizem que podem mudar de lado e abraçar o governo Jerônimo, é esperado que Leão e seu filho Cacá assumam uma interlocução importante com os oposicionistas baianos, sobretudo, pela experiência que ambos tem na política. “Até porque, os ânimos ficaram bastante alterados na campanha, o que inviabiliza uma recomposição entre eles e os governadores Rui Costa, Jerônimo Rodrigues e Jaques Wagner”.

João Leão

Função de destaque 

Quem deverá ter uma função estratégica no novo jogo da politica nacional é o deputado Elmar Nascimento. Ele é apontado como a grande estrela do grupo de ACM Neto no Congresso Nacional. Respeitado e com bom trânsito em Brasília, ele aprendeu como ninguém onde as “cobras dormem”. Para isso, fez estágio com o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Eles dividiram o apartamento funcional no período em que o carioca comandava as articulações com lideranças e dirigentes partidários. Aprendeu, na prática, o que muitos levam uma vida para entender: as nuances da política de Brasília.

Elmar Nascimento

Reforma de Bruno 

Enquanto muitos aguardam ansiosos a montagem do novo governo Jerônimo Rodrigues, que está em compasso de espera pelo desenho que será apresentado pelo novo governo Lula em Brasília, já tem gente por aqui de olho nas eventuais mudanças que o prefeito Bruno Reis fará em sua equipe, na prefeitura de Salvador. Nos últimos dias o prefeito disse não ter pressa para fazer as mudanças no seu secretariado. Ele sabe que é mais prudente ver o jogo se delinear nos governos federal e estadual para só no começo de 2023 mexer nas peças do seu tabuleiro, com vistas a sua própria sucessão em 2024. 

Bruno Reis

Mudanças à vista 

Por mais que não se fale em nomes, na Câmara de Vereadores é dado como certo que o atual secretário da Educação, Marcelo Oliveira, deverá sair da pasta, assim como o titular da Secretaria de Promoção Social e Combate a Pobreza, Daniel Ribeiro. O entendimento é que as duas secretarias são estratégicas para o fortalecimento do governo municipal e cruciais para pavimentar a reeleição do prefeito Bruno Reis.

Marcelo Oliveira

Estratégico para política 

A Sedes, inclusive, é apontada pelos próprios aliados do Palácio Thomé de Souza como a melhor área para quem quer fazer política no âmbito municipal. “Na Saúde, tudo que você faz soa como obrigação. Já na área social, é favor. Portanto, a melhor secretaria para fazer políticos e política é a social”, como disse um deputado estadual, ao lembrar que o próprio Bruno Reis e sua vice Ana Paula Matos já comandaram a pasta.

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