Vixe! Os ataques de Átila a ACM Neto e as críticas ao PT a Éden Valadares  

Josias resiste

Uma articulação capitaneada pelo senador Jaques Wagner (PT) deve tirar o secretário Josias Gomes da pasta de Desenvolvimento Rural (SDR) para devolvê-lo o mandato de deputado federal em Brasília. A articulação, que deverá ser colocada em prática pelo governador Rui Costa nos próximos dias, recoloca o deputado federal Joseildo Ramos na suplência, levando-o para a pasta de Direitos Humanos, no lugar de Carlos Martins. Josias estaria resistindo a deixar a secretaria.

Uma canetada só

Amigos, amigos, espaços no governo à parte. Com uma canetada só, o governador Rui Costa resolve a briga interna das tendências do PT e tira o aliado Carlos Martins da pasta de Direitos Humanos. A informação que circula na Governadoria é que Rui não estaria satisfeito com a atuação do amigo, que não estaria contribuindo para o retorno de Wagner ao governo estadual. No próprio PT, Martins é classificado como burocrata, que tem causado a ira de representantes de movimentos sociais.

Ataques a ACM Neto 

Uma troca de mensagens entre o vereador Átila do Congo (Patriota) e o ex-deputado e ex-vereador Marcell Moraes (PSDB) trouxe à tona o que o jovem parlamentar pensa sobre o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM. No grupo de WhatsApp “Eternos Vereadores SSA”, Átila diz a Marcell que “a palavra desse rapaz aí vale menos que uma nota de 3 reais! Só cumpre o que lhe é conveniente”. No texto, que a Coluna Vixe teve acesso com exclusividade, Átila sugere ainda que Marcell procure o prefeito Bruno Reis, “que tem se mostrado uma pessoa mais humana, acessível a ouvir as pessoas”.

Pegou pesado

Na troca de mensagens com o ex-deputado Marcell, o vereador, que representa os motoristas de aplicativo em Salvador, disse ainda que “fazer política com herança de um nome é mole. Quero ver fazer como a maioria aqui! Digo mais ainda: tá se sustentando com alguns quadros na Bahia, pois só tem ele, pra não correr para a base do PT”. E emenda: “Ninguém está satisfeito com o modal desse rpz, ególatra, se acha superior às pessoas, usa, não reconhece os da sua volta, só o que lhe é conveniente (sic)!”

Sem lealdade

Em outro trecho da mensagem, Átila do Congo diz que o ex-prefeito ACM Neto “trai e passa por cima dos aliados, nem tem o mínimo de lealdade. Acha que todos devem ser leais a ele, mas ele não deve lealdade a ninguém. Uma pessoa dessa nunca será confiável”.

Fora do eixo

Procurada pela coluna, uma fonte do Palácio Thomé de Souza disse que o vereador Átila do Congo está “fora do eixo”, pois não aceita o fato de Neto não ter hipotecado apoio exclusivo a ele na última eleição. O ex-prefeito apoiou vários nomes do seu grupo político, que garantiu a formação de uma ampla bancada na Câmara de Salvador, alinhada ao prefeito Bruno Reis.

Namoro de olho em 2022

O presidente do PRTB na Bahia, Celsinho Cotrim, se reuniu ontem em Brasília com o ministro da Cidadania, João Roma. Na pauta do encontro, eles falaram sobre projetos na área social para Salvador e para a Bahia e iniciaram um namoro, que pode resultar em casamento em 2022. Como Celsinho assumiu o comando do partido no estado, há quem diga que ele possa hipotecar apoio a uma eventual candidatura de Roma ao governo na próxima eleição. Seria o primeiro partido a endossar apoio ao ministro, começando assim, a pavimentar a construção de uma terceira via.

A disputa de Neto e Roma no TRE

O procurador do Estado, Vicente Oliva Buratto, foi nomeado recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro como o novo juiz efetivo no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). A lista tríplice da advocacia foi formada por Vicente Buratto, Fabiano Mota Santana e Luiz Augusto Reis de Azevedo Coutinho.

A derrota

O detalhe, que não passou despercebido na política estadual, é que Buratto era o nome defendido pelo ministro da Cidadania, João Roma, e pelo ex-deputado federal José Carlos Aleluia. A nomeação do magistrado impôs uma derrota ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, que defendia o nome de Fabiano para a Corte Eleitoral.

Éden não mobiliza a militância

Tem gente no PT que está uma verdadeira arara com o presidente estadual do partido, Éden Valadares. Militantes, das mais diversas tendências, falam que o dirigente estadual não mobiliza o partido para os atos contra o presidente Bolsonaro, que tem acontecido na Bahia. Um petista de alto calibre disse ontem à Vixe que “Éden está tão acostumado ao conforto dos gabinetes”, que não move uma palha para ver os integrantes do próprio partido nas ruas, engrossando as fileiras contra o presidente da República. O silêncio foi sepulcral nas últimas manifestações e assim está previsto para ser no protesto do próximo sábado.

Do gabinete

Diferente da executivas municipais e da nacional do PT, que encamparam a mobilização e passaram a convocar os filiados para as manifestações, seguindo todos os protocolos de segurança, o partido na Bahia se calou. “Se não fossem os presidentes do PT nas cidades, não teríamos mobilizações contra esse desgoverno de Bolsonaro na Bahia. Você não vê um deputado estadual nem federal se mobilizando, muito menos convocando suas bases para o protesto do próximo sábado”, como disse um parlamentar à coluna.

Amaro vem aí

Típico segredo de Polichinelo é o desembarque de loja física da Amaro na capital baiana. Um espaço lacrado, mas já decorado com a logo da marca, anuncia a novidade na área central do segundo piso do Salvador Shopping, ao lado da loja da grife baiana Soul Dila. Forte no e-commerce, a Amaro cresce como marketplace – espécie de shopping virtual – e já é alvo de cobiça de gigantes do varejo. Os sócios negam qualquer intenção de venda.

Expansão na pandemia

O que chama atenção no caso da Amaro é que a expansão ocorre em plena pandemia da Covid-19, o que atesta a robustez da empresa. São desconhecidos os detalhes da unidade soteropolitana, mas a Amaro costuma investir em um modelo de negócios pouco usual por aqui – as guide shops, criadas para reforçar a associação da marca com o conceito de vendas integradas por todos os canais. Imagine uma loja com mostruário, mas sem estoque. Então, a ideia é conhecer, experimentar, encomendar pela internet e receber em casa. Mais moderno, impossível.

O Bonitão, o trator e Rui 

Depois de deixar o Democratas, poucos meses depois de ter sido eleito prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá se filiou ao PP, do vice-governador João Leão, e se encontrou com o governador Rui Costa, do PT. Em visita recente à cidade, Rui e Leão trocaram amabilidades com o novo aliado. Um registro do encontro foi compartilhado pelo vice-governador bonitão, apontado como um dos responsáveis por levar Júnior Marabá ao partido. Ao lado do filho, o deputado federal Cacá Leão (PP), o vice elogiou o prefeito de LEM: “Um trator pra trabalhar”.

Calote e atraso nos salários da prefeitura 

Informações chegadas à coluna Vixe deram conta esta semana que a empresa Soluções tem atrasado todos os meses os salários e benefícios dos funcionários da prefeitura de Salvador. A informação, confirmada ontem pelo vereador Luiz Carlos Suíca, dirigente do Sindlimp-BA, atinge mais de 1000 trabalhadores terceirizados, que tem contrato com o município. Os trabalhadores lotados na Sefaz – Secretaria da Fazenda – foram os primeiros a buscar ajuda para sair desse caos e, até mesmo, um pedido de mediação de conflitos coletivos já foi solicitado do Ministério Público do Trabalho. “Essa falta de respeito é recorrente”, disse Suica, ao cobrar uma solução do secretário de Gestão do município, Thiago Dantas.

O duplo padrão da CPI da Covid

Os bolsonaristas da Bahia não têm gostado nem um pouco dos rumos da CPI da Covid. Depois de o STF ampliar o escopo da CPI para chegar aos estados e municípios, mas paradoxalmente autorizar a não ida do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), à CPI, na última semana, a ala simpática ao presidente passou a acusar os senadores, principalmente aqueles que compõem o G7 (grupo de senadores de oposição e independentes), de estarem fazendo jogo de carta marcada. “Não querem investigar os governadores. Querem investigar quem deu o dinheiro [governo federal], não quem deu uso para o dinheiro [estados e municípios]. Virou palhaçada”, bradou um dos apoiadores nas redes sociais.

Sem fôlego

Segundo os bolsonaristas, a CPI é um palanque político e os senadores estão atuando como advogados dos governadores dos seus estados para impedir a ampliação da investigação. No caso da Bahia, os aliados do presidente Bolsonaro dizem que o senador Otto Alencar, que é um dos senadores independentes no colegiado, está advogando em favor de Rui Costa (PT). A principal acusação feita pelos bolsonaristas contra o governador baiano é a compra dos 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste que não foram entregues, história que vem sendo sempre lembrada pelo deputado estadual Paulo Câmara (PSDB).