Vixe! A janela partidária e a negociação nos partidos. A ameaça de Wagner abandonar o barco, a candidatura de Otto e a pressão de Rui
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Janela partidária e a pressão sobre os partidos
A abertura da janela partidária, prazo oficial para mudanças dos políticos com mandato, tem elevado a tensão nos partidos não só na Bahia, mas em todo o país. De 3 de março a 1º de abril, os políticos têm a possibilidade de escolher a legenda que vão disputar a próxima eleição, o que faz com que a cobrança em cima dos caciques seja acentuada e deixe, assim, o cenário mais claro para que cada um decida o rumo a seguir no pleito.
Condições apresentadas
Diante disso, os dirigentes partidários têm colocado como condicionante para confirmar apoio às candidaturas majoritárias o compromisso dos postulantes em ajudar na formação dos partidos e na montagens das chapas proporcionais. Até porque as siglas estão mais preocupadas em formar bancadas fortes para Câmara Federal e Assembleias Legislativas, do que eleger o próprio governador e senador do estado. “Quem quiser apoio vai ter que colocar voto de rabada, pois os partidos, nacionalmente, querem ter peso na Câmara dos Deputados para negociar espaços, sobretudo, nos futuros ministérios”, explicou um cacique partidário que pediu para não ser identificado.
Deputados com mandato dificultam negociação
Um problema que surge com essa operação é o fato de muitos partidos terem deputados com mandato, caminhando para a reeleição. E quem não tem chance de ter votos suficientes para vencê-los não está querendo fazer escada para os parlamentares subirem. A situação é complicadíssima na base do PT baiano. A informação é que o governador Rui Costa e a articulação política do senador Jaques Wagner têm encontrado dificuldade para montar os partidos para a próxima eleição. Quem já está com seu espaço definido não quer abrir mão para os novos.
O PP, a rabada e a reeleição
O PP, do vice-governador João Leão, é um dos partidos que terão muita dificuldade de reeleger seus atuais quatro deputados federais pela Bahia. Para isso acontecer, terá que formar “uma rabada” forte, permitindo que os votos dos candidatos com menos peso ajudem na eleição dos atuais parlamentares. O detalhe é que esse movimento torna a sigla desinteressante para quem quer entrar de forma competitiva na disputa. Pra piorar, esse cenário prejudica quem tá fora e aperta o juízo de quem tá dentro e quer continuar. O mesmo vale para os partidos maiores que têm deputado na Câmara Federal.
João Leão
ACM Neto tem margem para negociação
Cenário diferente do pré-candidato do União Brasil-DEM, ACM Neto, que pode ter os 100 mil votos de Marcelo Nilo e os 100 mil votos de Félix Mendonça Jr., por exemplo, repartidos pelos partidos aliados da sua composição. Como eles trabalham para ter espaço na chapa majoritária, a negociação fica menos tensionada já que Neto fica com uma “carta na manga” pra poder articular novos apoios e fortalecer os aliados para a eleição proporcional.
ACM Neto
“Com cuspe e jeito, tudo se ajeita”
Nessa dança das cadeiras, em que os candidatos da majoritária e os dirigentes das siglas têm que articular para montar seus partidos e torná-los competitivos, a situação se complica mais ainda para a base do PT. No entanto, mesmo para ACM Neto, o caminho não está fácil, já que o destino natural para as adesões do seu grupo é o União Brasil, partido originado da junção do DEM e do PSL. O PSDB, MDB e PDT dificilmente abrirão seus espaços para forasteiros, interessados apenas em usar as legendas. Então qual a solução para os impasses? A resposta vem de um espirituoso político baiano: “Com cuspe e jeito, tudo se ajeita”. Resumindo: os candidatos e os partidos terão que ceder lado a lado para fortalecer seus times e chegar competitivos na disputa que se avizinha.
Rui expôs uma fratura no grupo
A reunião realizada na semana passada entre o ex-presidente Lula, os senadores Jaques Wagner e Otto Alencar, além do governador Rui Costa e do vice João Leão, expôs uma fratura no grupo governista que até então só era percebida nos bastidores da política. Inconclusa, a conversa em São Paulo mostrou a divisão do grupo, com Rui e Leão de um lado, e Wagner e Otto do outro. A verdade é que até janeiro deste ano o governador batia o pé firme, quando questionado, de que não seria candidato ao Senado na próxima eleição e que o nome do seu grupo, para a sua reeleição, seria o seu antecessor e mentor político Jaques Wagner.
Wagner, Leão, Rui e Otto
Pressão familiar e favoritismo
Pelo que se comenta, diante da pressão familiar e de posse de números de pesquisas de intenção de voto, que o coloca na dianteira com margem entre 52% e 60% da predileção do eleitorado, Rui mudou de posição e expôs um grupo mais dividido do que se imaginaria. A meta será conseguir a imunidade parlamentar e o mandato de senador da República.
Rui Costa
Ação causa insatisfação na base
Até então, só o bonitão João Leão esbravejava por espaço na chapa majoritária ou pela possibilidade de fazer a transição de governo, gerindo a Bahia nos últimos oito meses do ano. No entanto, o movimento de Rui fez implodir a unidade pregada em outrora, fazendo os ânimos se alterarem, sobretudo, entre parlamentares e caciques do PT. Palavras impublicáveis são ditas por petistas e aliados com e sem mandato. O tempo fechou diante da possibilidade real de Wagner não ser mais candidato ao governo e lançar Otto para o posto. Esse seria o pior cenário para os parlamentares petistas.
Chapa pode ser lançada dia 13
Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, o governador baiano prometeu anunciar a chapa que disputará a sua reeleição ainda no mês de março, mais precisamente até o dia 13. Ele voltou a afirmar o desejo de ajudar o seu grupo político da melhor maneira possível, inclusive, disputando a única vaga ao Senado ou concluindo seu mandato até o final de dezembro. “Teria o maior orgulho de ficar”, declarou.
Miriam Leitão entrevista Rui Costa
Coalizão pro-Lula
No papo com Miriam Leitão, ele defendeu ainda uma ampla coalização em torno do ex-presidente Lula, visando a vitória nas eleições de outubro. O petista disse achar “natural” que Lula e o PT conversem com outras correntes na economia, com intuito de construir propostas para governar o Brasil nos próximos anos e retirar os gargalos impostos pela atual administração de Jair Bolsonaro.
Lula
A ira de Otto
Como dito acima, chamou a atenção dentro e fora do PT a mudança repentina do governador. Até o mês passado, ele negava essa estratégia e incensava o “Galego” para encabeçar a chapa, mantendo a base unida. Ao sugerir a mudança e indicar o nome do senador Otto Alencar, presidente do PSD baiano, para o governo, ele levantou a ira do próprio Otto, que disse em alto e bom som na reunião com Lula que não tinha vontade de disputar o governo, já que ele queria mesmo era tentar a reeleição para o Senado.
Otto Alencar
O jogo mudou?
Ontem, após a chegada de Wagner dos Estados Unidos, uma forte especulação passou a ser feita diante da possibilidade do petista abrir mão formalmente da vaga ao governo para convencer Otto a aceitar o desafio de disputar o Palácio de Ondina. Isso, para atender ao desejo do governador.
Jaques Wagner
De camarote
A verdade é que, como a política é dinâmica e as peças ainda não estão encaixadas nem postas com clareza na mesa, nos resta aguardar e continuar acompanhando as cenas dos próximos capítulos, o que, com certeza, fragiliza a base que se mostrava coesa e aguerrida, para alegria do seu principal adversário ACM Neto, que observa o cenário à distância, mas com o cuidado que o momento exige. A conferir.
A vingança sendo construída
Tem aliado do PT que está vibrando com a mudança de posição repentina do governador Rui Costa. Isso porque ele teria “dado um baile” no seu mentor político Jaques Wagner e o pressionado a ficar fora da chapa majoritária desse ano. Na base, o que se diz é que se Rui deixar o Executivo hoje, ele terá dificuldade de marcar pra tomar até mesmo um café com a maioria dos parlamentares do seu grupo, já que o petista nunca se mostrou aberto a construir uma relação mais sólida e de mais diálogo com deputados e prefeitos baianos. O secretário estadual de Relações Institucionais, Luiz Caetano, tem até tentado distensionar a relação, mas, pelo visto, esse processo não tem sido fácil.
Luiz Caetano
Raíssa deverá tentar vaga na Câmara
Lembrada volta e meia como opção do bolsonarismo para ocupar uma vaga na chapa majoritária que defenderá o legado do presidente Jair Bolsonaro na Bahia, a médica Raissa Soares, ex-secretária de Saúde de Porto Seguro, deverá mesmo tentar uma vaga na Câmara Federal, em Brasília. Distante do clã Bolsonaro, mas mostrando-se afinada com o discurso conservador no estado, a médica pode disputar o mandato de deputada pelo PL, partido que está filiada, ou por outra legenda da base, a exemplo do PTB.
Raíssa Soares
Fogo amigo
Tem gente na base do prefeito Bruno Reis que está de cabelo em pé com a gula do PDT na Bahia. Pessoas ouvidas pela coluna ontem chamaram a atenção para o apetite voraz dos pedetistas, que têm em seus quadros a vice-prefeita Ana Paula Matos, o secretário de Saúde, Leo Prates, e o presidente da Limpurb, Omar Gordinho. Com a expectativa de ter espaço na chapa de ACM com o presidente Félix Mendonça Júnior, a novidade é que o PDT baiano trabalha para emplacar a ex-vereadora Andréa Mendonça como secretaria de Cultura, no lugar de Fábio Mota, que deverá deixar o governo municipal para assumir a coordenação de campanha de Neto. “Ah, tem ainda a Limpurb, que é comandada pelo partido”, como disse um aliado, indignado com os pedetistas.
Andrea Mendonça
Moro fora da disputa?
Se o pré-candidato do Podemos à Presidência da República, Sergio Moro, não chegar aos 15% das intenções de voto até as convenções de julho, dificilmente o ex-juiz terá a candidatura pelo partido mantida. Informações dão conta que se o cenário de voto se mantiver como hoje, o Podemos irá convidar o ex-juiz da Lava-Jato a retirar a candidatura e disputar o Senado. “Eu acho que se Moro não achar um partido grande para o Podemos se encostar, a candidatura dele não será mantida”, disse o deputado federal do Podemos pela Bahia, Bacelar.
Sérgio Moro
Reação ao nome do juiz
O deputado federal baiano, que é da base do governo da Bahia, disse ainda que não vê com muita alegria a candidatura de Moro. Segundo o parlamentar, há no meio político brasileiro uma reação ao nome do ex-juiz. Ele cita, inclusive, que já houve baixas no Podemos por conta do lançamento da pré-candidatura de Moro. “Ele é antipatizado por vários grupos políticos. Eu não vejo com muita alegria a candidatura. Está, inclusive, havendo uma reação ao nome dele”, pontuou.
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