Vixe! A eleição na Bahia: Neto muda estratégia e foca nas grandes e médias cidades. Os votos de Roma. E campanha de Jerônimo prega humildade para evitar clima de já ganhou
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A eleição indefinida na Bahia
O jogo está sendo jogado. Por mais que os números e prognósticos apontem para o favoritismo do candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, aliados do Partido dos Trabalhadores e do União Brasil são uníssonos ao afirmar que a eleição para o Governo da Bahia só será definida no dia 30 de outubro. Até porque, só existem duas formas de perder uma disputa eleitoral por antecipação: dizendo que já ganhou ou que já perdeu, como diz o marqueteiro Robson Wagner.
Sebo nas canelas
No primeiro turno, há quem diga que o postulante ACM Neto perdeu, pois seu entorno saiu propagandeando que a disputa já estava definida. O mesmo vale para o candidato do PT e a cúpula do partido, que não devem botar salto alto nessa reta final da campanha. A meta, em ambos os lados, é colocar “sebo nas canelas” e ir atrás dos votos, no processo de convencimento do eleitorado baiano.
Jerônimo Rodrigues
Neto mira nas grandes e médias cidades
Passada a fase de ressaca do primeiro turno, os apoiadores de ACM Neto dizem que ele acerta na estratégia usada nessa fase do pleito, de priorizar as grandes e médias cidades da Bahia, onde há margem para crescimento. Uma das metas é ampliar a vantagem em Salvador, que era prevista em 600 mil na primeira fase e terminou com pouco mais de 200 mil.
ACM Neto
Votos de Roma migram para Neto
Apesar da diferença de mais de 700 mil votos para Jerônimo Rodrigues, há quem diga no grupo oposicionista que os votos obtidos pelo ex-candidato João Roma, do PL, serão transferidos quase que na sua totalidade para o postulante do União Brasil. Alguns mais otimistas chegam a dizer que a vitória deverá acontecer para o ex-prefeito de Salvador, mas que será com uma margem pequena, algo na casa dos 50 mil votos de frente. Ou seja, mais do que nunca a disputa voto a voto.
João Roma
Crescimento provoca reações no governo
E para justificar essa tese, apoiadores de ACM Neto dizem que o crescimento dele provocou “reações raivosas” no grupo governista, que passou a demonstrar que não há tanta tranquilidade e confiança assim na vitória folgada de Jerônimo, mesmo com a força do ex-presidente Lula na Bahia. Até porque, é esperado o aumento da abstenção nas pequenas cidades do interior, o que prejudica o postulante petista.
Ordem no governo é arregaçar as mangas
Apesar da vitória de Jerônimo no primeiro turno, o sentimento no grupo governista é que todos devem arregaçar as mangas até o dia da eleição para garantir a vitória do candidato do PT na Bahia. Até porque, eleição ganha é eleição com urna aberta e não há espaço para clima de já ganhou. Tanto que a orientação no governo e no PT é para os aliados irem para as ruas e para as redes sociais atrás de votos.
Jerônimo Rodrigues e Rui Costa
Abstenções no Nordeste favorecem Bolsonaro
Sobre a eleição nacional a avaliação é a mesma do primeiro turno. Deputados experientes ouvidos pela coluna Vixe! dizem que o cenário continua sendo de favoritismo para o ex-presidente Lula nos estados do Nordeste, mas que existe a possibilidade de ele não repetir o resultado expressivo do primeiro turno na região. Isso por conta da expectativa de crescimento no número de abstenções, sobretudo por não haver a mobilização dos candidatos a deputado estadual e federal junto às suas bases nessa fase da campanha.
Jair Bolsonaro
Justiça Eleitoral permite transporte de eleitores
Além disso, há estados sem segundo turno para governador, o que acaba prejudicando o candidato Lula da Silva nas pequenas cidades e na zona rural dos municípios. E isso, mesmo com a decisão da Justiça Eleitoral de permitir que prefeitos garantam transporte gratuito para os eleitores de suas cidades no próximo dia 30.
Bolsonaro e o pacote de bondades
O crescimento do voto conservador no Brasil, aliado ao pacote de bondades que o presidente Jair Bolsonaro tem colocado em prática nos últimos meses, tem feito pessoas do PL na Bahia apostarem no seu crescimento e vitória no segundo turno. Um dos exemplos usados para justificar essa tese é a maior atenção do presidente com a população de baixa renda, historicamente ligada ao PT e às esquerdas, como na concessão de créditos consignados. A medida foi considerada tão eleitoreira que até mesmo o Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pediu a suspensão do crédito aos beneficiários pelo programa pela Caixa, citando possível “desvio de finalidade”.
Jair Bolsonaro e João Roma
Consignado para 700 mil beneficiários
Na segunda-feira, inclusive, a presidente da Caixa, Daniella Marques, afirmou que, até a última sexta, dia 14, o banco público havia concedido R$ 1,8 bilhão de crédito consignado a 700 mil beneficiários do auxílio, e isso em apenas três dias. Diante desse cenário, percebe-se que a Caixa tem acelerado não só os empréstimos, como o lançamento de programas e medidas, principalmente com foco nas classes menos favorecidas e nas mulheres, nichos em que a rejeição a Bolsonaro é maior.
Daniella Marques
Debandada de prefeitos é minimizada
O deputado federal Felix Mendonça Júnior, presidente do PDT na Bahia, é enfático ao afirmar que a debandada de mais de 20 prefeitos que apoiaram ACM Neto no primeiro turno para a candidatura de Jerônimo Rodrigues na fase atual do pleito mostra a “falta de compromisso dos políticos” com o grupo. “Fico surpreso como tem prefeito e liderança que muda de lado de acordo com a conveniência do momento, igual a uma biruta de aeroporto, que se movimenta conforme o vento”.
Félix Mendonça Júnior
Vento estocado na Bahia
E por falar no deputado Félix Júnior, ele ironizou ontem a informação de que a ex-presidente Dilma virá à Bahia nesta sexta para participar de uma carreata e um comício em Lauro de Freitas, a partir das 16h. Segundo o pedetista, ele não sabe se a vinda da ex-presidente vai ajudar ou piorar a situação do candidato do PT, Jerônimo Rodrigues e do próprio ex-presidente Lula. “Até porque ela foi um desastre para a vida nacional e é um desastre quando fala. Dilma foi uma presidente tão ruim que pode se esperar tudo nessa vinda, inclusive que ela possa trazer vento estocado”, ironizou Felix, ao lembrar que foi no governo da petista que o país se afundou na crise que vive hoje e que permitiu o surgimento de Jair Bolsonaro como presidente da República.
Dilma Roussef
Falta de apoio gerou individualismos
Informação chegada à Coluna Vixe! nos últimos dias deu conta de que a não participação do candidato ACM Neto em eventos de vários deputados do seu grupo político, ao longo da primeira fase da campanha, acabou criando o sentimento nos aliados de que cada um deveria cuidar de si e não mergulhar de cabeça na campanha majoritária, que já era dada como vitoriosa no primeiro turno. O movimento teria sido apontado como um dos maiores gargalos dos oposicionistas na disputa.
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