Vacinas para segunda dose da CoronaVac serão enviadas em maio

O Ministério da Saúde informou, nesta terça-feira (27), que enviará na próxima semana aos estados as vacinas para a aplicação da segunda dose da CoronaVac, que estão pendentes para três grupos prioritários, depois que uma escassez de imunizantes causou dificuldades à campanha.

Segundo o ministério, falta enviar vacinas para beneficiar cerca de 416 mil pessoas com a segunda dose. Esse público está distribuído da seguinte forma: 3% dos trabalhadores da saúde; 6,2% das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas; e 1,9% dos idosos entre 60 e 64 anos.

Estados e municípios têm se queixado de não receber vacinas suficientes para garantir a aplicação da segunda dose. Uma nova carga de insumos chegou da China na semana passada. 

O Instituto Butantan, responsável por produzir a CoronaVac no Brasil, foi obrigado a interromper o envase do imunizante por falta de insumos neste mês e adiou uma entrega de 5 milhões de doses.

Na segunda (26), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reconheceu a dificuldade na aplicação da dose de reforço da CoronaVac em razão do atraso na chegada de insumos vindos da China. Queiroga admitiu que o fato causa preocupação.

Inicialmente, o ministério enviava as vacinas com a recomendação de que os gestores locais guardassem a segunda dose, mas, desde março, a pasta passou a orientar que todos os imunizantes fossem aplicados de imediato como primeira dose, com a promessa de envios posteriores para o reforço. Só que a estratégia tem sido prejudicada pelo atraso nos insumos.

Mais de 1,5 milhão de pessoas deixaram de tomar a segunda dose das vacinas contra a Covid-19 no Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

Segundo especialistas, o sucesso da campanha de vacinação pode até ser colocado em risco se mais pessoas continuarem a não comparecer para completar o esquema vacinal. Segundo nota do ministério, a segunda dose deve ser tomada mesmo fora do prazo.