Sistema aponta que mais de 16 mil pessoas tomaram doses trocadas de vacina
Não é a primeira vez que o Brasil precisa lidar com imunização com mais de uma dose
Com imunização contra Covid-19 a passos lentos, falta de vacina em diversos pontos do Brasil, crise financeira e crescimento de mortos pela doença, o país ainda soma aos problemas a má aplicação das duas doses necessárias para imunizar a população. Pelo menos é o que mostra o Datasus, sistema de informações do Ministério da Saúde.
De acordo com o sistema, pelo menos 16,5 mil pessoas vacinadas contra a covid-19 no Brasil, têm registro de primeira dose da vacina da Coronavac e a segunda dose da Oxford/AstraZeneca ou vice-versa. A troca aconteceu em praticamente todo o país, com exceção do Acre e do Rio Grande do Norte.
Misturar dois fabricantes de uma mesma vacina é considerado um erro de imunização. “Quem tomou uma dose de um fabricante e outra dose de outro não tomou nenhuma dose completa da vacina”, afirma em entrevista à Folha de S. Paulo, a imunologista Cristina Bonorino, professora titular da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e membro dos comitês científico e clínico da Sociedade Brasileira de Imunologia.
As informações foram tabuladas pela reportagem no Datasus levando em conta todos os vacinados no país no primeiro mês da campanha vacinal (de 17 de janeiro a 17 de fevereiro) que retornaram para a segunda dose até 8 de abril. Ao todo, 16.526 pessoas foram afetadas no período analisado.
Os dados mostram ainda que 7 em cada 10 trocas de fabricantes na vacina contra covid-19 ocorreram em profissionais de saúde. Esse rastreamento é possível porque cada pessoa vacinada é registrada no Datasus com um código de identificação, no qual há informações sobre cada dose recebida, incluindo fabricante e número do lote.
Apenas duas vacinas disponíveis
No Brasil, a Coronavac e AstraZeneca são as duas únicas vacinas disponíveis contra covid-19. O protocolo nacional estabelece que os vacinados de grupos prioritários devem receber o imunizante disponível no posto no dia da vacinação (sem possibilidade de escolha). Na segunda dose, o fabricante precisa ser mantido.
Entre as capitais, a cidade do Rio de Janeiro lidera as trocas de doses com 1.136 ocorrências – no estado, há 1.653 casos, de acordo com o Datasus. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio disse à reportagem da “Folha” que “não foi notificada sobre trocas de vacinas na segunda dose tanto pelo Ministério da Saúde quanto pelas secretarias municipais de Saúde”. Depois do Rio, as capitais com mais troca de fabricantes entre as doses são Goiânia (667 ocorrências) e Brasília (520 casos).
Mas o que explica o possível erro apontado pelo Datasus? Não é a primeira vez que o Brasil precisa lidar com imunização com mais de uma dose. Antes da pandemia, pelo menos nove imunizantes disponíveis no calendário vacinal do Sistema Único de Saúde (SUS) tinham mais de uma dose, como a meningocócica C (com duas doses) e a poliomielite (com três doses).
O Ministério da Saúde informou que foi notificado sobre 481 ocorrências de aplicação de doses de fabricantes diferentes das vacinas da Covid-19. “A pasta esclarece que cabe aos Estados e municípios o acompanhamento e monitoramento de possíveis eventos adversos a essas pessoas por, no mínimo, 30 dias.”
Há trocas de fabricantes entre as doses da vacina em 1.645 cidades brasileiras – quase um terço do total de municípios do país. Santo André (Grande São Paulo) lidera o ranking nacional com 2.747 casos. Quase todas as ocorrências (2.739) aconteceram em um único posto de vacinação, a UBS Espírito Santos.
Os dados do Datasus são preenchidos pelos profissionais de saúde nos postos de vacinação, sob a responsabilidade dos municípios.
*Com informações da Folha de S. Paulo
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