Sindimed e Associação de Hospitais Privados negam colapso na rede particular

A interpretação de que há um colapso no atendimento dos hospitais particulares da Bahia é negada pelo Sindicato Estadual dos Médicos (Sindimed-BA) e pela Associação de Hospitais e Serviços de Saúde da Bahia (AHSEB). 

A superlotação no sistema particular de atendimento hospitalar foi endossada pelo governador da Bahia, Rui Costa. Ele afirmou que há uma demanda por leitos de UTI de pacientes com planos de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).

A categoria de médicos argumenta que a falta de detalhamento de dados sobre a conjuntura do atendimento a pacientes dos hospitais privados sustenta o posicionamento. 

“Não temos uma confirmação oficial sobre isto [o colapso], portanto não podemos dizer que a situação nos hospitais particulares estão colapsadas”, pontuou a diretora de comunicação do Sindmed-BA, a médica Clarice Saba.

No debate em relação às informações da conjuntura hospitalar na rede privada da Bahia, a AHSEB – uma das entidades responsáveis pela divulgação desses dados – enviou uma nota ao Portal M! em que evita a palavra ‘colapso’. 

Em vez disso, o documento da instituição relata um “decréscimo na ocupação dos leitos clínicos de Covid-19 dessas instituições nos últimos sete dias.”

A associação, porém, reconhece que a taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 nos hospitais particulares da Bahia permanece “alta”.

O que fazer?

Mesmo sem o registro oficial da vigência de colapso no sistema de saúde privado, a diretora do Sindimed-BA recomenda que os pacientes com casos suspeitos, ou diagnosticados com a Covid-19, evitem procurar a emergência hospitalar em casos que não merecem urgência.

Otorrinolaringologista, Clarice Saba orienta que os pacientes busquem uma consulta com o médico mais próximo ou “de confiança, para ver se realmente vai precisar de uma emergência”. 

“Percebemos que alguns pacientes vão para a emergência do hospital particular com poucos sintomas, ou sintomas leves. Então, há o internamento para a observação hospitalar, e aí haveira mais um leito ocupado”, disse.