Pandemia de Covid-19 provoca alta de 40% no diagnóstico de depressão no Brasil
Prevalência de sintomas é maior entre a população feminina
Além da grande tragédia em perdas humanas causada pela pandemia de Covid-19, a emergência sanitária segue elevando os números de doenças psiquiátricas no Brasil. O índice de pessoas diagnosticadas com depressão no país aumentou mais de 40% durante a pandemia, passando de 9,6% no período anterior à crise para 13,5% no primeiro trimestre deste ano.
Os dados são do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel), trabalho desenvolvido pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com a ONG Vital Strategies.
Para o estudo, foram feitas 9 mil entrevistas por telefone, no período de janeiro a março. A amostra abrange as cinco regiões do país, incluindo população das capitais e do interior.
A prevalência da depressão é maior em mulheres, sendo 18,8% neste ano e 13,5% antes da pandemia. Entre as pessoas brancas, 16,5% foram diagnosticadas com o transtorno, número que era de 11% antes da crise sanitária. Entre a população negra, o índice de pessoas diagnosticadas com depressão passou de 8,8% para 11,8%.
A assessora técnica da Vital Strategies, Luciana Sardinha, afirmou, no entanto, que os dados tratam apenas de pessoas que conseguiram um diagnóstico para o problema – ou seja, tiveram, acesso ao atendimento médico -, não necessariamente todas aquelas atingidas pela depressão.
“Por mais que a gente tenha uma estratégia de saúde da família, de atenção básica, consolidada no país, grupos mais vulneráveis ou menos escolarizados ainda têm algumas barreiras, e isso reflete nos dados”, acrescentou o professor da Faculdade de Medicina da UFPel, Fernando Wehrmeister.
Segundo ele, as populações mais vulneráveis enfrentam dificuldades para acessar os sistemas de saúde, que vão desde problemas de deslocamento até questões como a discriminação. Estes grupos também costumam ter, de acordo com o pesquisador, “piores indicadores em saúde”.
O professor da escola de Educação Física da UFPel, Pedro Hallal, destacou que a falta de atividade física e a alimentação pobre em nutrientes são fatores de risco para doenças crônicas e que afetam mais, segundo os dados, as populações mais vulneráveis. Por isso, ele defende que as políticas de prevenção tenham atenção especial a esses grupos. “Nós precisamos focar em quem mais precisa”, destacou.
Atividade física e alimentação
Houve um aumento de 40% no índice de pessoas que não fazem atividades físicas e caiu em 21,4% o percentual de ativos. Antes da pandemia, 38,6% das pessoas praticavam atividades físicas regularmente, número que ficou em 30,3% neste ano. O índice dos que eram inativos passou de 13,1%, no período pré-crise sanitária, para 18,4% atualmente.
Quanto à alimentação, o consumo regular de verduras e legumes registrou queda de 12,5% entre o total da população durante a pandemia. Antes da crise sanitária, os vegetais faziam parte das refeições de 45,1% da população, índice que caiu para 39,5% neste ano.
* Com informações da Agência Brasil
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