O ano da vacinação: como a ciência conseguiu virar o jogo e começar a vencer a pandemia
Adesão da população à campanha de imunização contra Covid e manutenção de protocolos ajudaram o país
Em luta há mais de dois anos contra uma ameaça invisível – mas muito presente -, o Brasil chega ao final de 2021 com indicadores que permitem afirmar que o país está vencendo a pandemia de Covid-19. Resultado de uma conquista da ciência, as vacinas foram essenciais para combater o coronavírus descoberto inicialmente na China e que ainda ameaça toda humanidade pelas suas variantes.
Antes do início da campanha de imunização, em 17 de janeiro, o país assistiu, em diversas regiões, a um colapso do sistema de saúde. O caso célebre foi em Manaus, capital do Amazonas. A falta de oxigênio na cidade fez com que mais de 200 pacientes tivessem que ser transferidos para outros estados e cilindros com o gás tivessem que ser doados.
O descontrole da pandemia no início do ano fez com que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo, realizado nos dias 17 e 24 de janeiro, tivesse índice recorde de abstenção: 55,3% dos inscritos não compareceram à prova.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, no primeiro mês do ano o Brasil registrou 29.555 mortes por Covid. Para efeito de comparação, em novembro, houve 6.894 óbitos pela doença no país, segundo dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa.
A queda no número de mortes mês após mês indica que as vacinas desenvolvidas pelas farmacêuticas cumpriram o papel esperado de evitar casos graves da doença.
Início em São Paulo
A enfermeira Mônica Calazans, 54 anos, foi a primeira pessoa a se vacinar contra a Covid-19 no Brasil.
O imunizante foi aplicado no dia 17 de janeiro em São Paulo, pouco depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Na Bahia, uma enfermeira de 53 anos, uma idosa de 83, um médico de 30, todos negros, e uma índia do povo Tuxá, 31, foram as quatro primeiras pessoas a serem vacinadas contra a Covid-19, no dia 19 de janeiro.
Além da CoronaVac, as vacinas da Pfizer/BioNTech, da AstraZeneca/Oxford e da Janssen foram aplicadas nos brasileiros.
Dados do consórcio de veículos de imprensa mostram que mais de 65% da população brasileira já tomou a segunda dose ou dose única e, assim, está totalmente imunizada. O consórcio também informa que 75,28% da população tomou ao menos a primeira dose e 11,01% já receberam o reforço.
Na Bahia, 10.590.638 pessoas já tomaram a primeira dose (70,67%); 8.898.298 a segunda dose + dose única (59,38%); e 1.139.731, a dose de reforço.
Perdas na pandemia
Apesar de a vacinação ter reduzido os casos graves e o número de mortes, nem todos tiveram a oportunidade de se imunizar a tempo. Quase 620 mil pessoas morreram devido a complicações da Covid-19 desde o início da pandemia, em março de 2020. Deste total, mais de 27 mil foram na Bahia.
O Comitê de Contingência do Coronavírus de São Paulo, com base em algoritmos científicos, estima que o fato de a vacinação ter começado no dia 17 de janeiro deste ano, e não em abril, como desejava o Governo Federal, salvou cerca de 260 mil vidas.
Se a imunização tivesse sido iniciada em dezembro, como planejava o Instituto Butantan, outras 150 mil mortes poderiam ter sido evitadas.
Entre as centenas de milhares de perdas nesta pandemia, algumas foram de personalidades conhecidas do público. Atores, sambistas, compositores, cantores entre outros estão entre as vítimas da Covid-19. Abaixo, o Portal M! listou algumas personalidades que perdemos na pandemia.
Paulo Gustavo
O ator morreu no dia 4 de maio, em função da Covid-19. Ele tinha 42 anos e estava internado desde o dia 13 de março em um hospital no Rio de Janeiro (RJ), onde foi intubado no dia 21 do mesmo mês.
Agnaldo Timóteo
O cantor Agnaldo Timóteo morreu aos 84 anos, no dia 3 de abril. O artista foi hospitalizado no dia 18 de março e não resistiu às complicações da doença.
Colin Powell
O ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell, morreu no dia 18 de outubro, aos 84 anos, por complicações da Covid-19. Powell foi o primeiro Secretário de Estado negro dos Estados Unidos e atuou como principal oficial militar e diplomata do país.
Genival Lacerda
O cantor, compositor e ícone do forró morreu no dia 7 de janeiro. O artista tinha 89 anos e estava internado desde 30 de novembro de 2020.
João Acaiabe
O ator João Acaiabe morreu no dia 31 de março. Ele tinha 76 anos e era conhecido por personagens como o Tio Barnabé, do “Sítio do Picapau Amarelo”, que interpretou entre 2001 e 2006; e o cozinheiro Chico, do remake de “Chiquititas”, entre 2013 e 2015.
Nelson Sargento
O icônico sambista Nelson Sargento morreu no dia 27 de maio, aos 96 anos. O artista foi um dos principais nomes do gênero, e estava internado no Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Reynaldo Rayol
O cantor Reynaldo Rayol morreu no dia 15 de junho, aos 76 anos. O artista ganhou fama ao participar do primeiro programa Jovem Guarda, da Record, ao lado de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa e Eduardo Araújo, entre outros. Reynaldo era irmão de Agnaldo Rayol, que também participou do movimento.
Tarcísio Meira
O ator Tarcísio Meira morreu aos 85 anos, vítima da Covid-19, no dia 12 de agosto. Ele estava internado na UTI do Hospital Albert Einstein (SP), intubado, desde o dia 7 do mesmo mês. Tarcísio Meira foi um dos maiores galãs da TV brasileira, reconhecido também por seu trabalho no cinema e nos palcos.
Eduardo Galvão
O ator Eduardo Galvão, 58 anos, morreu em dezembro de 2020 após passar dias hospitalizado por conta da Covid-19. O ator estava internado na UTI do Hospital Unimed Rio, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Nicette Bruno
A atriz Nicette Bruno morreu em dezembro de 2020, aos 87 anos. Ela estava internada com Covid-19 na UTI da Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio.
Aldir Blanc
Um dos compositores e escritores mais renomados de todos os tempos, Aldir Blanc morreu no dia 4 de maio de 2020, no Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro. Ele tinha 73 anos e passou 19 dias internado na UTI com sintomas de infecção urinária e pneumonia.
Kleber Lopes
O humorista do programa “A Praça é Nossa” tinha 39 anos e foi vítima de uma parada cardiorrespiratória ocasionada por complicações da Covid-19, em 7 de março. Ele interpretava o personagem Rick Marcos.
Irmão Lázaro
O ex- deputado Irmão Lázaro morreu em março aos 54 anos, vítima de Covid-19. Ele estava internado na UTI de um hospital na cidade baiana de Feira de Santana. Lázaro foi deputado federal de 2015 a 2019 pelo PSC. No ano passado, foi eleito vereador de Salvador.
Herzem Gusmão
O prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (MDB), 72 anos, morreu em março deste ano devido a complicações da Covid-19. Herzem foi diagnosticado com a doença em 7 de dezembro de 2020.
Haroldo Lima
Morreu em março deste ano, em Salvador, em decorrência de complicações da Covid-19, o ex-deputado federal do PC do B da Bahia e dirigente do partido, Haroldo Lima. Ele estava internado em unidade de saúde da capital baiana.
Letieres Leite
O maestro e compositor Letieres Leite morreu em outubro deste ano, aos 61 anos, em sua casa, em Salvador. O laudo da morte do maestro Letieres Leite apontou que ele morreu por insuficiência respiratória em decorrência da Covid-19.
Paulo Schmidt
O escritor, tradutor e ilustrador paulista Paulo Schmidt, 56 anos, morreu na madrugada em junho deste ano no Hospital de Campanha da Arena Fonte Nova, em Salvador. Ele é mais uma vítima da Covid-19. Paulo morava há dois anos na capital baiana com a companheira e atualmente escrevia um livro comparando a Bahia ao Egito, além de uma biografia sobre Duque de Caxias.
Saul Quadros
Morreu em junho deste ano o advogado Saul Quadros, aos 79 anos. Ele presidiu a seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) entre 2007 e 2012. Internado desde abril no Hospital Aliança, em Salvador, Saul Quadros não resistiu às complicações da Covid-19.
Duda Mendonça
O publicitário baiano Duda Mendonça morreu em agosto deste ano, aos 77 anos, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, na região central da capital, desde junho. Duda tratava um câncer no cérebro, quando foi diagnosticado com Covid-19 e precisou ser intubado.
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