Neurologista alerta que tratamento para Esclerose Multipla deve ser mantido na pandemia
Doença autoimune e sem cura requer manutenção de tratamento com medicamentos de uso contínuo durante a pandemia
No próximo domingo (30), com as celebrações pelo Dia Mundial da Esclerose Múltipla, especialistas alertam para a importância da manutenção do tratamento e da própria identificação da patologia, pois sintomas da doença podem ser confundidos com outras enfermidades e retardar o diagnóstico.
Autoimune e compromete o sistema nervoso central, atingindo principalmente adultos jovens de 18 a 55 anos, a Esclerose Múltipla (EM) provoca lesões cerebrais e medulares, trazendo alterações na visão, no equilíbrio e na capacidade muscular.
No Brasil, o Ministério da Saúde estima que haja cerca de 40 mil pessoas com a doença sem cura e que requer acompanhamento, mesmo na pandemia de Covid-19.
“Muitos pacientes começaram apresentando perda de força, formigamento, alteração do equilíbrio e da coordenação motora, alterações visuais, disfunção intestinal e da bexiga. São sintomas que, sozinhos, podem indicar diversas doenças, mas são também as primeiras manifestações da esclerose múltipla”, diz o neurologista Murilo Souza, coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital Cárdio Pulmonar.
Diante da pandemia da Covid-19, o médico diz que ainda não há evidências de que os portadores de EM tenham maior chance de contaminação ou de ter uma doença mais grave. De um modo geral, pacientes com sequelas neurológicas importantes podem apresentar um quadro mais grave pela sequela em si.
O neurologista explica que os neurônios funcionam transmitindo impulsos elétricos por todo o corpo. Como um fio elétrico, essas células necessitam de isolamento para melhor funcionamento e o isolamento é feito pela bainha de mielina, que envolve o neurônio e promove esta função.
Por isso, fala-se de destruição da bainha de mielina (desmielinização) e mau funcionamento do sistema nervoso. A manifestação clínica mais comum da Esclerose Múltipla é uma alteração neurológica que vem em surtos e em algum tempo melhoram, sendo seguidos de novos surtos (surto-remissão).
As manifestações neurológicas são as mais variadas, desde alterações da visão por inflamação do nervo óptico (neurite óptica), tontura, desequilíbrio, fraqueza muscular, alterações de sensibilidade ou alterações no controle dos esfíncteres (urinário e fecal).
Existem formas mais graves na qual não há remissão do quadro (chamadas formas progressivas) que têm características mais graves.
Causas
Apesar de ainda não haver total conhecimento sobre as causas da doença, sabe-se que estas envolvem predisposição genética (com alguns genes já identificados que regulam o sistema imunológico) e combinação com fatores ambientais, que funcionam como “gatilhos”, a exemplo de infecções virais (vírus Epstein-Barr), exposição ao sol e consequente níveis baixos de vitamina D de forma prolongada; tabagismo; obesidade; e exposição a solventes orgânicos, entre outros.
Tratamento
O tratamento se diferencia para a forma aguda (o surto) e a prevenção de surtos. Durante os surtos, os pacientes são avaliados quanto à necessidade de uso de medicamentos, usualmente altas doses de corticoide, para alívio dos sintomas agudos e prevenção de lesões permanentes no sistema nervoso central.
Os medicamentos preventivos buscam evitar lesões permanentes no sistema nervoso central e novos surtos e, com isso, proporcionar melhor qualidade de vida para os portadores da doença.
Tais medicamentos podem ser usados em forma de injeções (intramuscular e subcutânea) – os interferons e o glatiramer; em infusões venosas – os imunobiológicos; ou medicamentos por via oral.
A decisão sobre os fármacos é uma decisão que envolve médico e paciente, avaliando-se o estágio da doença, as preferências pessoais e disponibilidade de tratamentos.
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