‘Movimentos antivacinas são completamente maléficos à saúde pública e irracionais’, alerta infectologista

Um mês após o início da vacinação contra a Covid-19, enquanto uns já procuraram se imunizar da doença que, apenas no Brasil, levou a óbito mais de 240 mil pessoas, outras ainda demonstram dúvidas quanto a sua eficácia e segurança.

Porém, de acordo com o  infectologista Adriano Oliveira, as vacinas são seguras e efeitos adversos graves não foram associados a nenhuma das que estão em estudo ou que já estão sendo usadas no Brasil. 

“Reações como dor e vermelhidão locais são normais imediatamente após qualquer vacina. Reações como febre que podem aparecer até 48 horas após receber a vacina podem ser consideradas um bom sinal, pois quando a vacina ativa o sistema imunológico pode surgir febre”, afirmou o especialista.

Ainda de acordo com o médico, os imunizantes contra a Covid-19 causam poucos efeitos adversos, citando que o risco de ser contaminado pelo novo coronavírus é muito maior que o risco de complicações associadas à vacina. 

Como exemplo, Oliveira menciona o imunizante que erradicou a varíola, enfermidade que, no passado, causou muitas mortes. Assim como a poliomielite, acabando com a paralisia infantil no Brasil.

Segundo o especialista, a resistência às vacinas já é algo histórico e é fruto de preconceitos e falta de informação. “Infelizmente há um movimento que dissemina informações falsas, equivocadas, opiniões pessoais sem nenhum fundamento cientifico, pseudociência e pseudoconhecimento”, afirma.

“A melhor forma de ter informações verdadeiras é buscar fontes confiáveis e especializadas ao invés de acreditar e repassar informações de má qualidade e opiniões pessoais de leigos que são lançadas na internet e, muitas vezes, são disseminadas por todo o mundo”, acrescenta.

Prevenção

Enquanto não há uma vacinação em massa da população, o médico Adriano Oliveira destaca a importância de as pessoas, mesmo as que foram imunizadas, manterem os cuidados com a higiene, além do uso de máscaras adequadas, lavagem das mãos e distanciamento social.

O infectologista também lembrou que após a aplicação da vacina, o sistema imunológico leva semanas para produzir anticorpos neutralizantes.

“Hidratar-se, ter uma alimentação saudável, praticar atividade física regularmente, dormir bem, evitar consumo excessivo de bebidas alcóolicas, não fumar e controlar o estresse são medidas que colaboram para manter a imunidade”, recomenda Adriano Oliveira.