Médico crítica falta de ações e uso político da saúde em Barra do Rocha

Enquanto medidas de contenção contra a pandemia do Covid-19 vêm sendo realizadas em diversas cidades no mundo, o município de Barra do Rocha, no sudoeste baiano, demonstra estar na contramão da tendência global. Pelo menos é o que afirma o médico José Luiz, morador da cidade, que fica a cerca de 380 quilômetros de Salvador. 

Apesar dos dados do boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) expor Barro do Rocha com três casos do novo coronavírus, colocando a cidade como líder em incidência de casos de novo coronavírus por 100 mil habitantes, José Luiz diz que a Prefeitura  não está tomando as medidas corretas de combate à pandemia. “Enquanto outras cidades estão fazendo controle de entrada e saída de pessoas, Barra do Rocha não toma nenhuma atitude. Também não temos hospital na cidade. A UTI mais próxima daqui fica a mais ou menos 60 a 70 km, na cidade de Jequié”. 

Além de falar em omissão da gestão municipal, comandada pelo prefeito Luiz Sérgio Alves (PSB), o médico o acusa de usar a máquina pública como moeda política. “Ele tinha, como titular da Secretaria de Saúde, um vereador, técnico de enfermagem. eesse ano, ele pediu exoneração para concorrer à eleição e voltou ao cargo na Câmara, reassumindo o lugar ocupado por seu suplente. Então, como compensação para o suplente, o prefeito nomeou a esposa dele à pasta de Saúde”, denuncia o médico, que define a nova secretária como alguém sem conhecimento técnico para ocupar o cargo. “A última função dela foi de serviços gerais”, complementa.