Lockdown na China provoca escassez global de contraste

O contraste iodado, insumo que é utilizado em exames de imagem como tomografias, que permite visualizar a vascularização em determinadas partes do corpo dos pacientes, está em escassez global, devido ao mais recente lockdown na China, que uma das maiores produtoras do recurso. No Brasil, devido ao baixo estoque internacional, o Ministério da Saúde recomendou que o item seja racionalizado.

Este é apenas um entre diversas subtâncias de uso médico em falta no sistema de saúde brasileiro. Na última sexta-feira (22), representantes da pasta reconheceram que, ao menos, 86 medicamentos estão em falta.

Um informativo interno foi emitido para orientar o uso cauteloso do contraste. A previsão do ministério, de acordo com a secretária de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Maíra Botelho, é de que os estoques serão recompostos apenas no fim de setembro.

“Nós temos, hoje, quatro fornecedores no país”, disse a secretária, durante a coletiva. “Dois interromperam o fornecimento, um deles já conseguiu a aprovação da Anvisa para comercializar o seu produto e outros dois continuam atendendo seus clientes, mas ainda não têm condições de ampliação de fornecimento.”

A nota informativa distribuída pela pasta pede que sejam priorizados “procedimentos em pacientes de maior risco e em condições clínicas de urgência e emergência”. Orienta-se que os estoques sejam avaliados, que se evite o desperdício e que a utilização de métodos alternativos seja considerada.

“A interrupção nas cadeias de suprimento, produção e distribuição ocorre principalmente por consequência da pandemia da Covid-19 na China, uma vez que medidas de lockdown foram decretadas localmente, impactando na cadeia de produção das indústrias chinesas”, explica o informativo.

*Com informações do Metrópoles