Infectologista recomenda retorno do uso de máscaras em transporte público e locais fechados
Diante do aumento de casos da Covid-19, especialista também defendeu necessidade de atualização do esquema vacinal
Após o anúncio do governador Rui Costa, de que a Bahia voltará a exigir a obrigatoriedade do uso de máscaras em determinados ambientes, a infectologista e diretora da Sociedade Baiana de Infectologia (SOBAI), Fabianna Bahia, defendeu em entrevista ao Portal M!, na tarde desta segunda-feira (28), o retorno do equipamento em transportes públicos e locais fechados.
“Acho que a gente precisa voltar a máscara em lugares aglomerados, como transportes, lugares fechados, em que muitas pessoas estão próximas. A gente sempre considera que o distanciamento deve ser de 1 metro a 1,5 metro, então todos os lugares em que as pessoas estão mais aglomeradas, é recomendado sim, que se volte a usar máscara”, disse a médica do Hospital Universitário Edgard Santos (HUPES) e do Hospital da Bahia.
A infectologista Fabianna Bahia
A infectologista defendeu também, a importância da vacinação. Segundo ela, diante do aumento recente de casos da Covid-19, é necessário que a população atualize seu esquema vacinal.
“Quem tem duas doses, deve tomar a terceira. Quem tem três doses, deve atualizar com a quarta. Os idosos com comorbidades, a quinta dose já está recomendada. Com isso, garantimos o aumento dos nossos anticorpos de proteção, tentando evitar os quadros mais graves e a mortalidade”, explicou.
Aumento de casos
Já sobre o aumento no número de casos, a especialista ressaltou que os casos se elevaram bastante nos últimos 15 dias. Ela, no entanto, apontou que não acredita que o aumento se dará como ocorreu em janeiro deste ano.
“Ainda não é uma proporção igual a que tivemos em janeiro, acredito que não vai ser. Talvez seja parecido com junho, quando tivemos também um aumento de casos”.
Segundo Fabianna, atualmente, o quadro clínico dos pacientes e o grau de complicação pulmonar é semelhante ao que foi visto durante todo o ano de 2022.
“Em que a grande maioria dos pacientes tem sintomas mais leves, mas eles podem complicar quando são mais idosos, possuem comorbidades ou comorbidades descompensadas. Quadro pulmonar de pneumonia viral, como ocorreu em 2020 e 2021, nós não temos visto com frequência. Mas, os idosos e pacientes com comorbidades são os que mais apresentam complicação”, ressaltou.
Vacina bivalente
A especialista também falou sobre a chegada da vacina bivalente, que deve estar disponível para a população no mês de dezembro, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com a infectologista, a vacina é necessária porque possui a cepa original, de 2020, além da cepa da variante Ômicron.
“É igual ao que vemos em relação ao vírus Influenza, que tem bivalente e tetravalente, sobre o vírus A e B. Então, é o mesmo conceito, da gente ter mais de uma cepa na mesma vacina. Isso vai dar uma proteção maior à cepa de circulação atual, que é a Ômicron. É uma vacina que já tem nos Estados Unidos e na Europa, ficamos muito felizes de que ela chegue ao Brasil, para que possamos também, vacinar toda a população”, disse.
Crianças
A especialista também defendeu a importância da vacinação para crianças a partir de seis meses. “Já há a indicação de vacina para crianças a partir de seis meses, elas precisam ser vacinadas, porque embora seja uma doença de poucas complicações, mas ela pode ocorrer, mesmo que raro. É o mesmo raciocínio para as outras doenças, que temos vacina disponível, gripo, sarampo, catapora, caxumba, então a vacina da Covid vai entrar com as mesmas indicações, e a gente deve proteger as nossas crianças”.
Ela também comentou a queda da cobertura vacinal, que tem sido observada em todo o país nos últimos anos. Segundo ela, a vacinação se mostra segura há diversos anos, tendo sido responsável pela erradicação de muitas doenças.
“Eu vejo com muita tristeza, vejo como um retrocesso, do ponto de vista do comportamento, porque no cientifico, só vemos avanços. A vacina já se mostra há muitos anos, contra pólio, caxumba, papeira, sarampo, todas essas vacinas se mostram seguras e foram capazes de erradicar muitas doenças”.
“A gente não tem comprovação que determinadas vacinas estão associadas a doenças infantis, degenerativas, neurológicas. Então, é com muito pesar, que nós, infectologistas, colegas médicos que trabalharam com saúde pública, vemos essa baixa cobertura vacinal. Como infectologista, sigo recomendando a vacina, que é uma das medidas mais seguras de saúde pública para proteger contra doenças”.
Higienização
Por fim, Fabianna Bahia também reforçou a importância da higienização das mãos, hábito que caiu em desuso por parte da população.
“A higiene das mãos é uma prática que precisa estar incorporada na rotina. Então, lavar as mãos antes e depois de pegar em algo, de levar a mão ao olho, nariz ou boca, deve ser imperativo. A máscara é nosso equipamento de proteção individual, mas a higiene das mãos é uma prática que já deve estar incorporada. É uma medida importantíssima, que deve incorporada à nossa rotina”, afirmou.
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