Infectologista nega comprovação da Vitamina D na prevenção no coronavírus

Estudo divulgado por cientistas italianos recomendando Vitamina D como aliada na prevenção e combate ao coronavírus se tornou alvo de discussão na pandemia da Covid-19. Segundo os autores, dados coletados em Turim mostram que muitos pacientes hospitalizados por Covid-19 apresentam falta de Vitamina D. Como explicou ao M! a infectologista Clarissa Cerqueira, não há dado científico suficiente para sustentar a divulgação dos italianos.

“A Vitamina D só não deve ser usada de forma indiscriminada e o uso excessivo pode levar, inclusive, à toxicidade. Somentes as pessoas que têm níveis baixos, a partir de identificação por exame de sangue, devem fazer a suplementação a depender do valor encontrado”, orienta.

A médica da equipe de infectologia do Hospital Cárdio Pulmonar reforça que não se deve usar a Vitamina D como forma de prevenir o novo coronavírus. A especialista alerta que os pacientes precisam ter muito cuidado com notícias com indicação do uso de medicamentos em qualquer situação, o que pode levar a complicações. A alternativa, segundo a médica, é sempre procurar o médico assitente.  

Sobre o estudo

Os autores do estudo, os professores de geriatria Giancarlo Isaia e de histologia Enzo Medico, sugerem aos médicos associar às medidas de prevenção, garantir os níveis adequados de Vitamina D na população, sobretudo para aqueles privados da exposição à luz solar. Os cientistas recomendam o uso entre os infectados, profissionais de saúde, idosos e moradores de asilo, entre outros. Os professores vão além e indicam como uma possibilidade a administração da vitamina de forma venosa nos pacientes infectados pelo coronavírus e acometidos por complicações respiratórias.

Os pesquisadores justificam referindo-se a evidências científicas que demonstram a modulação do sistema imunológico pela Vitamina D. Segundo eles, a carência dessa vitamina está associada, por exemplo, a diversas patologias crônicas que podem reduzir a expectativa de vida dos idosos.

Aperte o play e confira o que diz a dra. Clarissa.