Infectologista da Fiocruz diz que novos casos de coronavírus devem ser confirmados no Brasil

“Não será o fim do mundo”, diz o  coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, sobre o aumento no número de casos de coronavírus no Brasil.

Pesquisador que está na linha de frente de combate a doença, o cientista não compartilha da esperança que a Organização Mundial da Saúde (OMS) que já manifestou ser possível frear o coronavírus. 

Ele também contesta que a epidemia esteja bem mapeada na China. Para ele, faz sentido imaginar que existe um contingente grande de casos que não foram registrados no país que é o epicentro da epidemia.

Em entrevista ao jornal O Globo, o cientista disse que existe o risco de o vírus se adaptar ao clima tropical e até mesmo chegar mais tarde, quando o inverno estiver começando.

“Temos que tomar cuidado com medidas restritivas para que não enveredem por uma atividade de restrição de direitos individuais. E precisamos entender e aceitar as dificuldades de se criar um bloqueio extenso num país continental e diverso como o Brasil. Para bloquear a circulação de pessoas ou suspender eventos de massa, seria preciso avaliar com cuidado se é um evento fechado, num local de transmissão intensa, ou se são casos pontuais. Temos que ser cautelosos”, afirmou Venâncio, à publicação carioca.