Fiocruz quer que vacinas contra Covid produzidas em Bio-Manguinhos cheguem a outros países
Baixa cobertura vacinal em nações pobres preocupa a Fundação
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trabalha em duas frentes para que vacinas contra Covid-19 produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) possam chegar a outros países.
A presidente da fundação, Nísia Trindade Lima, explicou que as baixas coberturas vacinais contra a doença em países pobres são motivo de preocupação de autoridades sanitárias internacionais e cientistas, já que a alta circulação do vírus entre populações não vacinadas pode continuar fazendo vítimas e produzindo novas variantes de preocupação.
A socióloga explicou que Fiocruz está em contato com a AstraZeneca e com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para que a vacina contra a Covid-19, produzida em Bio-Manguinhos, possa ser utilizada em outros países. A produção no Brasil é resultado de uma parceria da fundação com a farmacêutica europeia, que se deu por meio de acordos de encomenda tecnológica e transferência de tecnologia.
“No curto prazo, há a possibilidade de a vacina recombinante, que é fruto do acordo com a AstraZeneca, poder também ser utilizada em outros países. Estamos em um processo para ter a licença de uso emergencial, e isso é necessário junto à Organização Mundial de Saúde. E também estamos em contato com a AstraZeneca para esse objetivo”, disse Nísia.
A presidente da Fiocruz afirmou ainda que, no longo prazo, pesquisadores de Bio-Manguinhos trabalham no desenvolvimento de uma vacina própria de RNA mensageiro, a mesma plataforma tecnológica utilizada no imunizante da Pfizer.
A pesquisa fez com que Bio-Manguinhos fosse escolhido, em setembro do ano passado, ao lado de um laboratório argentino, como hub da OMS na América Latina para essa tecnologia.
“A vacina está em uma fase pré-clínica, e ainda não foram feitos testes com grupos populacionais, como é necessário fazer. Estamos procurando ao máximo acelerar esse processo e, em breve, esperamos ter um cronograma bem definido”, disse Nísia.
A Fiocruz é autossuficiente na produção da vacina contra a Covid-19 desde que passou a dominar a tecnologia de produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) do imunizante, desenvolvido pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca.
A expectativa da presidente da fundação é que a capacidade produtiva possa chegar a 180 milhões de doses por ano, com capacidade máxima de cerca de 22 milhões de doses mensais. Para 2022, já estão contratadas pelo Ministério da Saúde 105 milhões de doses da vacina para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Padrões observados
O acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que representa a OMS nas Américas, prevê que a vacina a ser desenvolvida passará por um processo de pré-qualificação da OMS, em que serão exigidos os mais elevados padrões internacionais para garantir sua qualidade, segurança e eficácia.
Uma vez aprovado, o imunizante será oferecido aos estados-membros e territórios da Opas de forma equitativa, por meio de seu Fundo Rotatório.
Pesquisadores estiveram na África do Sul recentemente em encontro com seus pares do hub da OMS sobre o tema no continente africano. A troca de conhecimentos pode contribuir para acelerar esse processo, disse a presidente da Fiocruz, que acredita que a pandemia deixou como aprendizado a necessidade de descentralizar a produção das vacinas, para que os benefícios da ciência cheguem a mais pessoas.
“Dominar a tecnologia e ser autossuficiente, sendo a saúde também um fator econômico importante, é fundamental para os países. É isso que vai garantir o acesso, e esse aprendizado pode servir para outras emergências. Não se deve olhar só o imediato”.
* Com informações da Agência Brasil
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