Fiocruz diz que adultos infectados com a variante de Manaus têm carga viral dez vezes maior

Um estudo feito por pesquisadores da Fiocruz aponta que adultos infectados pela variante P.1 do coronavírus, identificada inicialmente no Amazonas, têm uma carga viral dez vezes maior do que adultos infectados por outras “versões” do vírus. Uma maior carga viral contribui para que a variante se espalhe mais rápido. As informações são do Portal G1.

A pesquisa, que está disponível online, ainda não foi revisada por outros cientistas nem publicada em revista.

Foram analisados 250 códigos genéticos do coronavírus durante quase um ano. A amostragem cobriu o primeiro pico da doença, em abril de 2020, e o segundo, no final do ano passado e início de 2021.

Os pesquisadores perceberam que essa maior quantidade de vírus não ocorria, entretanto, nos homens idosos (acima de 59 anos). Uma possível explicação para isso é que a resposta imune de idosos tende a não ser tão eficiente de forma geral.

Também é possível que isso tenha acontecido nesse grupo porque a quantidade de pessoas analisadas nessa faixa etária foi menor, conforme explicou o pesquisador Tiago Gräf, também autor do estudo, em uma publicação no Twitter.