Fiocruz aguarda aprovação da vacina de Oxford contra Covid-19 para iniciar produção no Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz está se preparando para produzir a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela universidade de Oxford, do Reino Unido. A vacina está na última fase, que determinará se é eficaz num grande número de pessoas.

A universidade inglesa anunciou nesta semana que as experiências preliminares indicam que a vacina é segura e induziu resposta imune ao corpo dos voluntários. O acordo entre a Fiocruz e a AstraZeneca, farmacêutica que adquiriu a vacina da Universidade de Oxford, foi anunciado no fim do mês passado, apesar de o contrato ainda não ter assinado.

A Fiocruz vai receber ingrediente farmacêutico ativo (IFA) suficiente para fazer 15,2 milhões doses da vacina. Depois desse processo, outras 70 milhões de doses de vacina poderão ser produzidas também até o início do ano. A expectativa é da produção inicial de 100 milhões de doses, que será realizada na fábrica de vacinas Bio-Manguinhos, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, considerada a maior da América Latina. O maquinário e os insumos estão sendo preparados antecipadamente por conta da gravidade da pandemia.

“Nós receberemos a vacina congelada, ela vai passar por um processo de descongelamento de 2 a 3 dias. Uma vez que esteja na fase líquida, é transferida para um tanque em aço inox para ser envazada, rotulada e embalada. Eu diria que, provavelmente, é o maior desafio da história (da fábrica) de Bio-Manguinhos. A grande vantagem é ter passado por experiências semelhantes como foi o caso de epidemia de febre amarela, o surto de sarampo e poder usar toda nossa competência para responder mais esse desafio’, afirma Luiz Lima, vice-diretor de produção Bio-Manguinhos/Fiocruz.
O custo de produção inicial deve ser de cerca de US$3, mas tende a ser reduzido ao longo do tempo.