Estudos preliminares indicam que vacinas britânica e chinesa são seguras e eficazes contra o coronavírus

As duas vacinas contra o coronavírus mais adiantadas – a de Oxford e a da chinesa CanSino – apresentam resposta imune e bons níveis de segurança. A boa notícia foi divulgada nesta segunda (20) pela  revista The Lancet. Estes são os primeiros resultados do ensaio envolvendo cerca de 1.077 pessoas.

A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, é uma das mais promissoras para combater o novo coronavírus e está na terceira e última fase de estudos clínicos. Essa etapa ocorre simultaneamente no Reino Unido, no Brasil e na África do Sul. A vacina está sendo testada em 50 mil pessoas, incluindo 5.000 brasileiros (2 mil em São Paulo, 2 mil na Bahia e mil no Rio de Janeiro).

Os resultados da pesquisa divulgada pela Lancet se referem à primeira e à segunda fases dos estudos, quando foram analisadas, respectivamente, a segurança da vacina – e os possíveis efeitos colaterais – e a capacidade de produzir uma reação do sistema imunológico. “Esperamos que isso signifique que o sistema imunológico se lembre do vírus, para que nossa vacina proteja as pessoas por um período prolongado”, disse o principal autor do estudo, Andrew Pollard, da Universidade de Oxford.