Criadora da Oxford-AstraZeneca diz que terceira dose não deve ser para todos

A cientista que liderou a criação do imunizante de Oxford contra a Covid-19 disse que vacinar todas as pessoas com doses de reforço é desnecessário. Ela também fez um apelo para que as doses sejam enviadas aos países necessitados.

A professora Sarah Gilbert disse ao jornal britânico Daily Telegraph que alguns grupos vulneráveis de pessoas precisam de reforço, mas que, na maioria dos casos, a imunidade está “durando bastante”.

“Precisamos levar vacinas para países onde poucas pessoas foram vacinadas até agora (…) Vamos examinar cada situação; os imunocomprometidos e os idosos receberão reforços. Mas não acho que precisamos dar reforço para todo mundo. A imunidade está durando bastante na maioria das pessoas”, pontuou.

Sarah ressaltou que o Reino Unido precisa ajudar mais países ao redor do mundo com o fornecimento de vacinas. “Temos que fazer melhor a este respeito. A primeira dose tem o maior impacto”, afirmou.

O órgão consultivo de vacinas do Reino Unido deve dar, nos próximos dias, um parecer final sobre doses de reforço no país.

O Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI, na sigla em inglês) já disse que uma terceira dose deverá ser oferecida a pessoas com sistema imunológico enfraquecido, o que corresponde a até meio milhão de pessoas no Reino Unido. Mas o comitê ainda não decidiu se o reforço será levado a outros grupos.

O secretário de Saúde, Sajid Javid, disse na quinta-feira (9) que estava aguardando a “recomendação final” do JCVI, mas estava “confiante” de que um programa de dose de reforço começaria ainda no final de setembro.

A recomendação provisória emitida pelo JCVI em julho sugeriu que mais de 30 milhões de pessoas deveriam receber uma terceira dose, incluindo todos os adultos com mais de 50 anos.

* Com informações do Portal G1.