Conscientização é instrumento para afastar pessoas das drogas
Consumo de álcool e substâncias ilícitas cresce durante a pandemia de Covid-19
Este sábado (20) é o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo. A data ganha importância ainda maior diante do aumento registrado no consumo dessas substâncias durante a pandemia do novo coronavírus, provocado pelo distanciamento social.
Uma pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), realizada no ano passado, mostra que 35% dos adultos, na faixa etária dos 30 aos 39 anos, fizeram uso exagerado de álcool, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a recomendar que os países limitassem a venda de bebidas alcoolicas.
A psiquiatra Janine Veiga, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio), ressaltou, em entrevista à Agência Brasil, a importância do dia 20 de fevereiro para conscientizar as pessoas sobre os malefícios do abuso de drogas e álcool, que tem crescido na pandemia também pela falta de interação entre as pessoas e de lazer. “As pessoas perderam seus empregos, os estudantes deixaram de estudar”, disse.
Janine Veiga avaliou que os maiores malefícios são provocados pelo aumento do consumo do álcool. “O alcoólico apresenta prejuízos nas esferas pessoal, social e profissional. Além disso, o alcoolismo traz duas graves consequências, que são a intoxicação alcoólica e a abstinência alcoólica”.
Tanto uma como a outra situação são consideradas emergências e passam a trazer o prejuízo para a esfera física, explicou a médica. Como envolvem patologias clínicas, elas requerem hospitalização e podem, inclusive, levar à morte.
Conscientização é fundamental
“Por isso é importante essa conscientização”. Na clínica de tratamento de dependentes químicos onde também trabalha, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, Janine Veiga informou que é realizado um trabalho multiprofissional, onde se aplica o Programa de 12 Passos, além de acompanhamento terapêutico e psicológico e atividade física.
Segundo ela, o programa está fundamentado na recuperação do paciente em princípios espirituais, possibilitando a ele autoconhecimento, crença em um poder superior, confiança no outro, reformulação de hábitos saudáveis e, também, exercitar o perdão e a responsabilidade.
Também durante a pandemia foi percebido incremento do número de jovens consumindo álcool. De acordo com pesquisa canadense, o percentual subiu de 28,6% para 30,1%.
A psiquiatra Janine Veiga chamou atenção para o fato de o álcool ser não ser considerado uma droga ilícita e ser de fácil obtenção, com baixo custo, muitas vezes.
Assim, muitos jovens, que ainda não têm essa conscientização da dependência, viram presas fáceis do alcoolismo.
“Algumas pessoas conseguem usar tanto álcool como drogas ocasionalmente, de forma recreativa, diferente daquelas que têm uma predisposição genética à dependência. Esses jovens, quando fazem uso, perdem o controle. É uma roleta russa”, disse ainda a psiquiatra.
Janine indicou que o jovem que tiver predisposição à dependência não vai mais conseguir sair do círculo vicioso de uso, fissura, abstinência e retorno ao uso de droga ou álcool.
Perigos do tabaco
A Fundação do Câncer aproveitou o dia dedicado ao combate às drogas e ao alcoolismo para reforçar os perigos de uma droga legalizada, que é o tabaco.
“Ela é legalizada, mas causa dependência como diversas outras drogas ilícitas”, alertou o médico Luiz Augusto Maltoni, diretor-executivo da instituição.
Encontrado facilmente em bancas de jornais, postos de gasolina e no comércio em geral, o cigarro contém nicotina e outras substâncias tóxicas. Maltoni reforçou que a nicotina causa dependência.
“É viciante. Isso precisa ser levado em conta. Nosso país passa, como todas as nações, por um momento no qual a vigilância epidemiológica está voltada para a Covid-19. É crucial, porém, que aqueles que atuam em áreas estratégicas para o controle da epidemia do tabagismo sigam buscando medidas que evitem o aumento do consumo de tabaco, que, aliás, é fator de risco para a Covid-19”, disse.
Para reduzir o consumo de cigarro, a Fundação do Câncer sugere algumas medidas, entre as quais o aumento de impostos sobre o produto, investir em campanhas, proibir propagandas em locais de venda e padronizar os maços de cigarro, de modo que fiquem menos chamativos para os consumidores.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano e mais de sete milhões dessas mortes são resultado do uso direto do tabaco.
“O custo anual do tabagismo para sociedade brasileira é, em média, de R$ 57 bilhões. Enquanto isso, segundo informação mais recente do Observatório Nacional da Política de Controle do Tabaco, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a arrecadação fiscal total pela venda de produtos de tabaco e derivados alcançou, em 2015, o valor aproximado a R$ 13 bilhões”, disse Maltoni.
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