Conheça as 21 formas de reduzir risco de desenvolver Mal de Alzheimer

Incurável, a doença é também o tipo mais comum de demência e tem evolução lenta até causar danos cerebrais graves


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Ana Paula Ramos 14/06/2021 07:00 Saúde

Há ao menos 21 maneiras conhecidas de reduzir o risco de desenvolver Alzheimer, todas apoiadas por fortes evidências científicas. A doença, incurável, é também a forma mais comum de demência (um termo geral para a perda de memória e habilidades intelectuais), tem evolução lenta, começa com perda de memória e termina com danos cerebrais graves.

Como até hoje a medicina não descobriu o que realmente causa a Doença de Alzheimer, as medidas consideradas preventivas tendem a retardá-la, não evitá-la, explica a neurologista Jerusa Smid, coordenadora do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN). 

“Adotar as medidas preventivas pode fazer uma pessoa desenvolver a doença mais tarde. Em vez de os sinais aparecerem aos 70 anos, surgem aos 80, por exemplo. Um ganho de qualidade de vida de ao menos dez anos”, explica a neurologista.

As medidas de prevenção foram elencadas em duas meta-análises (revisão de diversos estudos) divulgadas nas revistas científicas The Lancet e Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, em 2020, que analisaram estudos sobre prevenção, tratamento e cuidados em casos de demência, sobretudo Alzheimer. 

Segundo a publicação, os principais fatores de risco para desenvolver Alzheimer são consumo excessivo de álcool, sedentarismo, tabagismo e alimentação pobre em nutrientes. 

O estudo publicado na The Lancet apontou ainda que há mais incidência de casos de demência, incluindo Alzheimer, em negros, asiáticos, grupos minoritários e populações pobres.

Diante disso, a desigualdade social e econômica, que envolve pobreza e discriminação racial, também foram  inclusas como fatores de risco, sobretudo para estas populações. 

Estes fatores, segundo os especialistas, precisam ser evitados com medidas sociais e educacionais para melhorar a vida destes grupos.

O Alzheimer ainda é uma doença sem cura. O uso do medicamento experimental aducanumab, indicado para as fases iniciais da doença, foi aprovado este mês pelo Food and Drug Administration (FDA) – agência reguladora dos Estados Unidos, equivalente à Anvisa. A FDA não aprovava um novo medicamento contra o Alzheimer desde 2003.  

A droga foi desenvolvida para pacientes com deficiência cognitiva leve e tem o objetivo de retardar a progressão da doença – não apenas aliviar os sintomas.

A farmacêutica Biogen e seu parceiro japonês Eisai desenvolveram o aducanumab, administrado por meio de infusão intravenosa para tratar a doença de Alzheimer precoce. Em julho de 2020, a Biogen concluiu seu pedido para a FDA e aguardava a aprovação desde então.

 

Confira as formas de reduzir risco

1 – Manter o nível adequado de açúcar no sangue e o peso sob controle para evitar diabetes

2 – Manter o peso em um nível saudável, normalmente abaixo do Índice de Massa Corporal (IMC) de 25

3 – Obter o máximo de educação escolar possível a partir da infância 

4 – Evitar traumatismo craniano (como concussões)

5 – Manter-se cognitivamente ativo com leituras e aprendendo coisas novas

6 – Evitar ou controlar a depressão

7 – Gerenciar o estresse

8 – Tratar a “hipotensão ortostática” (sensação recorrente de tontura ao se levantar)

9 – Manter a pressão arterial sob controle a partir dos 40 anos

10 – Examinar os riscos de perda de audição ao longo da vida e adotar aparelho auditivo se necessário (perda auditiva está associada a dano na região cerebral vinculada à memória)

11 – Evitar níveis elevados de homocisteína, um aminoácido que pode contribuir para a formação de coágulos nos vasos sanguíneos e danos nas artérias (prevenção com base em suplementação de vitaminas do complexo B, com recomendação médica)

12 – Praticar exercícios físicos

13 – Gerenciar a fibrilação atrial, que é uma frequência cardíaca rápida e irregular devido a sinais elétricos caóticos no coração (com acompanhamento médico regular)

14 – Comer alimentos com vitamina C ou tomar suplementos (frutas cítricas, como laranja e acerola; legumes, como cenoura, pimentão amarelo e pimentão vermelho, e verduras, como couve e brócolis) 

15 – Reduzir a exposição à poluição do ar e ao fumo passivo do tabaco

16 – Evitar abuso de álcool

17 – Eitar o hábito de fumar

18 – Ter sono de boa qualidade

19 – Evitar terapia de reposição de estrogênio no pós-menopausa (isso não se aplica em casos de menopausa precoce ou perimenopausa)

20 – Evitar o uso de medicamentos para demência como prevenção 

21 – Combater a pobreza e a discriminação racial 

 

Fatores de risco para o Alzheimer 

A doença foi batizada em homenagem ao médico Alois Alzheimer. Em 1906, o neuropatologista fez uma autópsia no cérebro de uma mulher que morreu após apresentar problemas de linguagem, comportamento imprevisível e perda de memória.

Alzheimer descobriu as placas amiloides e os emaranhados neurofibrilares, considerados as marcas da doença. Conheça alguns fatores que podem contribuir para seu desenvolvimento.

Idade: a probabilidade de desenvolver Alzheimer dobra a cada cinco anos após os 65 anos. Para a maioria das pessoas, os sintomas aparecem pela primeira vez após os 60 anos.  O Alzheimer de início precoce é uma forma incomum de demência que atinge pessoas com menos de 65 anos e geralmente tem fator hereditário.

História familiar: a genética desempenha um papel importante no risco de um indivíduo desenvolver a doença.

Traumatismo craniano: existe uma possível ligação entre a doença e traumas repetidos ou perda de consciência.

Saúde do coração: o risco de demência vascular aumenta com problemas cardíacos, como hipertensão, colesterol alto e diabetes.

 

Sintomas relacionados 

Segundo a neurologista Jerusa Smid, da ABN, o diagnóstico de Alzheimer é feito com base em sintomas como dificuldade cognitiva. “Há testes que podem ser realizados para detectar a doença, mas geralmente não são solicitados porque o diagnóstico clinico é suficiente na maioria das vezes”, explica.

Entre os sintomas listados pela Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) estão: 

– Perda de memória

– Repetir perguntas e declarações

– Dificuldade de discernimento

– Posicionamento incorreto de objetos

– Mudanças de humor e personalidade

– Confusão mental

– Delírios e paranoia

– Impulsividade

– Convulsões

– Dificuldade em deglutição (disfagia)

 

* Com informações da CNN Brasil.

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