Bruno Cerqueira diz que cenário atual da pandemia “nos dá uma certa tranquilidade” 

O diretor técnico do Laboratório Jaime Cerqueira, Bruno Cerqueira, disse em conversa com editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, no programa Política na Mesa, da TV Câmara, que após os mais 450 dias de pandemia da Covid-19, “o cenário atual nos dá uma certa tranquilidade”.

“As reações, que ainda mantêm um volume alto, nós temos a liberação reduzida interessante do número de casos positivos, em Santo Antônio de Jesus, Santo Amaro, Ilhéus, Itabuna e Salvador. Essa é a nossa visão atual”, disse.

Questionado pelo jornalista Alexandre Galvão sobre as possíveis aglomerações no período de festas juninas e quais recomendações devem ser seguidas, o médico ressaltou sobre os momentos vividos pós festas.

“Todos os momentos que vivemos, em novembro com pós-eleições e dezembro e janeiro com pós-períodos de festas, tivemos um aumento no número de casos positivos. É lógico que estamos vivendo um momento diferente. A população está sendo vacinada e já entendeu que o uso da máscara e a prática do distanciamento são ferramentas fortes”, explicou.

Bruno falou ainda sobre o período junino de 2020, no qual as pessoas infectadas estavam em rota, espalhando o vírus.

“Tenho como exemplo um caso de uma família que viajava e aguardava resultados. Dos cinco que estavam no carro, dois estavam infectados. O cuidado com o próximo tem que existir. Havendo os sintomas, deveremos seguir em quarentena, ficando em casa, mesmo o teste dando não detectável”, explicou.

“Entretanto, neste período de inverno, outros vírus estão circulando, peculiares desta época. Adenovírus, Influenza que tem quadro clinico e particular à Covid-19. O nosso risco é ter o mesmo desfecho de momentos anteriores. Só teremos tranquilidade quando a população tiver realmente vacinada”, completou.

Bruno Cerqueira avaliou ainda ao M! sobre o momento atual de vacinação e sobre a seletividade das vacinas.

“Vejo com tranquilidade e expectativa. O interesse é que todos estivessem na mesma sincronia. A importância é que todos devem ser imunizados”, disse.

“O que nos observamos é que as vacinas disponibilizadas variam um pouco dos números de eficiência. No atual cenário nós temos disponível a Pfizer, Oxford e CoronaVac, que são ótimas opções”, pontuou.

Para ele, essa excelência na opção fica claro quando a gente avalia os pacientes que não tiveram a doença e estão respondendo àquela vacina.

“A literatura não diz qual é a melhor. As vacinas estão sendo chanceladas ao redor do mundo. É um grande erro escolher essa ou aquela vacina”, ressaltou.

“Independente de qual seja a vacina, nós temos a chance menor de transmissão porque a carga viral dos indivíduos imunizados é menor e o quadro clínico é mais brando”, finalizou.