Brasil bate recorde anual de mortes por dengue em 2022
São Paulo está à frente em número de óbitos, com 278, seguido por Goiás, com 154
Um boletim divulgado pelo Ministério da Saúde informou que o Brasil chegou a 987 mortes por dengue apenas em 2022. O número é o novo recorde anual de óbitos pela doença, superando o maior patamar anterior, de 986 mortes, registrado em 2015. Desde a década de 1980, quando a dengue ressurgiu no país, não se registraram tantas mortes em um único ano.
O levantamento, divulgado segunda-feira (26), considerou os casos registrados até o último dia 17, e ainda há cem óbitos em investigação. O País pode fechar o ano de 2022 com mais de mil mortes por dengue.
As mortes, este ano, já superam em mais de 400% as registradas em todo o ano de 2021, quando houve 244 óbitos. O estado de São Paulo se mantém à frente, com 278 óbitos registrados, seguido por Goiás, com 154.
Os cinco estados com mais mortes por dengue em 2022 são os seguintes: São Paulo, com 278; Goiás, com 154; Paraná, com 108; Santa Catarina, com 88; e Rio Grande do Sul, com 66.
Em uma evidência de que o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, está se adaptando aos climas mais frios, os estados da Região Sul aparecem na sequência, completando a lista dos cinco com maior número de mortes: Paraná (108), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66).
Mais casos de dengue
O número de casos prováveis de dengue chegou a 1.414.797, com taxa de incidência de 663,2 por 100 mil habitantes. Houve aumento de 163,8% em relação aos casos do mesmo período de 2021.
A região Centro-Oeste teve a maior incidência até agora, com 2.028,4 por 100 mil habitantes. O município brasileiro com mais registros é Araraquara, no interior de São Paulo, com 8.716,1 casos por 100 mil moradores. Já em números absolutos, Brasília lidera com 68.654.
Pouca prevenção
Para o infectologista Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os números indicam que houve descuido com a prevenção da doença.
“Ainda nem acabou a contagem, pois tem dados represados e 100 óbitos em investigação, e já batemos o recorde histórico de mortes por dengue em um ano. Ultrapassamos também 1,4 milhão de casos. Com certeza é o pior ano da dengue em todos os aspectos e isso não aconteceu por acaso. Faltou ação do Governo Federal em prevenção”, disse.
O número baixo de casos no ano passado, segundo ele, pode ter contribuído para que a população relaxasse nos cuidados básicos, como a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor.
“Dengue é uma luta contínua, é preciso mostrar que a doença mata e isso se faz com campanhas. Em abril deste ano, nós da Sociedade Brasileira de Infectologia fizemos o primeiro alerta para o grande número de óbitos e a necessidade de retomar as campanhas. Não foi por falta de aviso”, explicou.
Segundo ele, a condição climática também contribuiu para o aumento de transmissão.
“Estamos vivendo um ano mais chuvoso por conta do fenômeno La Nina, e o mosquito Aedes aegypti precisa de água e calor para se reproduzir. Outra questão é que, por conta do aquecimento global, o mosquito vai expandindo suas fronteiras, reproduzindo onde antes não aparecia. Não é à toa que temos um grande número de casos e de óbitos nos estados da Região Sul”.
Mortes por dengue no Brasil
2008: 561
2009: 341
2010: 656
2011: 482
2012: 327
2013: 674
2014: 475
2015: 986
2016: 701
2017: 185
2018: 201
2019: 840
2020: 574
2021: 246
2022: 978
* Com informações da CNN Brasil
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