Wagner diz que é natural a oposição ter diversas candidaturas à Prefeitura de Salvador

O senador Jaques Wagner (PT) disse que é natural que a oposição ao prefeito ACM Neto (Democratas) tenha diversas candidaturas para concorrer ao Palácio Thomé de Souza contra o candidato indicado pelo partido, Bruno Reis (Democratas).

Até agora, pelo menos três legendas ou coligações da base do governador da Bahia, Rui Costa (PT), já indicaram nomes: Olívia Santana (PCdoB), Major Denice (PT) e Pastor Sargento Isidório (Avante). Porém, segundo Wagner, os postulantes da oposição não viriam para combater Bruno Reis.

“A gente tem proposta para administrar cada vez melhor a cidade de Salvador. Como a nossa base é uma base grande, eu acho natural. Em 2008, aconteceu a mesma coisa comigo em que tivemos três candidatos e acabamos sendo agraciados pelo povo de Salvador, uma vez que dois dos nossos foram para o segundo turno e João Henrique se reelegeu”, disse Wagner, ao referir-se, além do ex-prefeito de Salvador, ao atual secretário estadual de Planejamento, Walter Pinheiro.

Ainda de acordo com o parlamentar, o número de candidaturas de oposição pode ser maior, caso o PSB, que colocou o nome da deputada Lídice da Mata como pré-candidata para o pleito de novembro decida seguir junto com a base de Rui.

“o governador tem feito um esforço para manter eventualmente em três candidaturas. A de Isidório está consolidada com Eleusa, a de Major Denice também e a de Olívia também (…) ainda a candidatura de Lídice que não tem uma posição definitiva. Eu diria que tem uma vontade do PSB local de estar conosco, na chapa com denice. Mas, como o partido é nacional e houve, em Recife, uma posição do PT de lançar candidatura própria e evidente que o PSB de Pernambuco e o nacional não ficaram satisfeitos, até agora não tiveram posição sobre Salvador. Mas isso pode repercutir”, comentou o petista.

Mal interpretado

Aos jornalistas, Jaques Wagner foi questionado acerca de uma fala de Rui Costa, ao jornal O Globo, em que o governador disse que poderia se unir com os partidos de oposição para derrubar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nas eleições de 2002. Conforme o senador, a fala de Rui foi mal interpretada.

“A democracia é anterior as nossas escolhas politicas, partidárias e ideológicas. Mas, no quadro de democracia, que eu entendo que vai perdurar até 2022, não vejo possibilidade de golpe a moda antiga, com tanque na rua e fechamento de Congresso. Acho que vai ocorrer lá como ocorreu aqui em Salvador, durante a pandemia, com todo mundo deixando as disputas politico-partidárias e eleitorais de lado e foram cuidar da saúde do povo. Mas, novembro está chegando e cada um tem a sua postura. Então, aquela hipótese de Rui é para uma ameaça a democracia, pois as falas dos presidente são sempre dúbias e sempre deixam subentendida essa possibilidade. Mas eu não acho nada disso. A fala de Rui é para essa possibilidade e aí todo mundo estaria junto. Fora disso, jamais terá tanta elasticidade na disputa eleitoral. eu sou um cara amplo, mas não dá pra ter essa elasticidade. São concepções diferentes”, afirmou Wagner.