Vixe! Três estados dificultam aliança PT e UB. Elmar deve ser o elo com o Planalto. Petistas criticam articulação. E mais, anúncio do secretariado de Jerônimo é adiado

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redacao 14/12/2022 09:47 Política

Três estados dificultam aliança PT x UB

As articulações para levar o União Brasil para a base de sustentação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não têm sido fáceis. A resistência maior está no próprio partido do presidente, o PT, que tem elevado o tom nas críticas, sobretudo, na Bahia. Apesar do interesse no apoio dos 46 deputados federais e 12 senadores, três estados se colocam como barreira para formalização da aliança nacional, que não será refletida na gestão estadual da Bahia, Goiás e Rio Grande do Sul. 

Aliança não tem a digital de ACM Neto

Falando da Bahia, especificamente, a aliança não conta com a digital do ex-prefeito ACM Neto, principal liderança da oposição do estado, justamente por temerem o impacto que essa operação poderá ter no futuro. A expectativa, inclusive, é que Neto, como secretário-geral do UB, fortaleça a relação entre a sigla e os parlamentares, mas sem se envolver diretamente com as questões do governo federal.

ACM Neto

Elmar deverá ser o elo com o Planalto

A expectativa é que o deputado federal Elmar Nascimento seja essa ligação com o Planalto, sobretudo, caso seja confirmado como ministro de Minas e Energia. Ontem, ele foi alçado à condição de relator da PEC da Transição, proposta indispensável para o começo do governo Lula, que viabiliza o pagamento do Bolsa Família (hoje Auxílio Brasil) de R$600. Elmar sinalizou ainda que a matéria deverá ser votada até a próxima terça, dia 20, o que permite a aprovação do Orçamento ainda este ano.

Elmar Nascimento

Veto a Elmar e pedido de substituição 

O detalhe é que para evitar a indicação, deputados do PT da Bahia passaram a compartilhar vídeos com os ataques e críticas feitas por Elmar contra Lula, Wagner e o partido na última campanha. O objetivo é pressionar o presidente eleito a vetar a indicação do baiano para o ministério e pedir outro nome para a sigla.

Solla espantado com articulação

Em sua conta no Twitter, o deputado federal Jorge Solla afirma que recebia “com espanto a notícia de que o deputado Elmar, líder do União Brasil na Câmara, teria oferecido o próprio nome para compor o governo Lula como ministro de Minas e Energia”. Na publicação, o petista disse que o site @obastidor havia publicado trecho de discurso de Elmar em comício às vésperas do 2º turno, em que atacava Lula com ofensas rasteiras. “Se é essa a imagem que tem do presidente, por que quer fazer parte de seu governo?”, questionou o petista. 

Jorge Solla

“Estamos em polos opostos”

Em outro tuíte, Solla disparou: “O resultado das urnas lhe fez repentinamente mudar de opinião, deputado?”. E completou: “Não é só a descompostura que joga contra Elmar. Estamos efetivamente em polos opostos: ele foi relator e viabilizador da aprovação da privatização da Eletrobrás”, disse o deputado, ao lembrar que o programa de governo do presidente Lula propõe recuperar o papel da Eletrobrás como patrimônio do povo, viabilizando programas como o Luz para Todos e implementando uma política sustentável de modicidade tarifária”. 

Anúncio do secretariado é adiado

O governador eleito Jerônimo Rodrigues prometeu anunciar o seu secretariado nesta quarta-feira, dia 15, mas isso não vai acontecer. Ele está em Brasília desde segunda e hoje cumpre agenda na capital federal, como a posse do presidente do TCU, o ministro baiano Bruno Dantas. O detalhe é que nem mesmo as pessoas próximas ao novo governador cravam uma data para o anúncio. Por enquanto, o clima é segredo total na governadoria. 

Jerônimo e Geraldo Jr.

Falta conversa com os aliados 

O detalhe é que alguns dirigentes de partidos da base dizem que não foram procurados isoladamente para falar sobre a composição do novo governo. No último sábado, foi realizada uma reunião, em que se esperava que o assunto fosse tratado com os dirigentes das siglas, mas, segundo alguns participantes, isso não aconteceu. “O encontro foi positivo, serviu para tirar boas fotos, mas em momento alguum foi falado sobre cargos, espaços ou requisitos necessários para indicação dos quadros e dos secretários”, como explicou um dos representantes dos partidos.

Manutenção dos espaços com quadros novos 

Segundo pessoas que transitam bem na Governadoria, como o prognóstico não era de Jerônimo ganhar a eleição, não foram feitos acordos mirabolantes, diminuindo, assim, o poder de barganha dos partidos que o acompanharam na eleição. Além disso, não chegaram tantas legendas novas, o que também o desobriga de ter que se desgastar para atender a todos. Há quem defenda, inclusive, que os espaços dos aliados sejam preservados, mas que aconteça uma verdadeira dança das cadeiras para a oxigenação da máquina pública. 

Governadoria

Dificuldade de acomodar o PT e sua cota pessoal 

Muitos  aliados dizem que Jerônimo terá mais dificuldade para acomodar os nomes da sua conta pessoal e do PT do que dos outros partidos que integram a base. “É esperado que os titulares da Saúde, Educação, Casa Civil, Segurança Pública e Comunicação fiquem a cargo do governador, que deverá dividir essa escolha com os antecessores Jaques Wagner e Rui Costa. O governador tem mantido os nomes com tanto segredo que nem mesmo os aliados mais próximos se arriscam a especular.

Jaques Wagner

Ou renova os quadros ou ficam para traz 

O fato concreto é que o novo governador quer fazer uma mudança substancial na máquina pública. “É um novo governo. Não é porque a gente é do mesmo grupo político, que vai manter tudo. A gente não vai manter os mesmos secretários. É natural que a gente atualize, modernize, até para fazer um avanço nas políticas públicas. Nós estamos no quinto mandato, nós do PT, com os partidos aliados, aqui na Bahia. Se a gente não fizer uma renovação, não dinamizar nossas ações, fica para trás”, afirmou o governador eleito.

Jerônimo Rodrigues 

Jerônimo aguarda definição de Rui 

Além do PT, a base governista é composta pelo PSB, PSD, PSC, PV, PCdoB, PSOL, Rede, MDB, Avante e Patriota. Com isso, além de acomodar os nomes a serem indicados pelos partidos, Jerônimo está tendo que esperar a sinalização do governador e futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre os nomes que vai levar para acompanhá-lo na missão em Brasília. Além do titular da Fazenda, Manoel Vitório, a expectativa é que ele leve também outros auxiliares, como o titular da Administração, Edelvino Góes. 

Rui Costa

Modelo a ser seguido: sol na cabeça

O governador eleito também já havia afirmado que, para assumir como secretário, os indicados terão que se empenhar muito. “Tenho dito que, para ser colega meu, na condição de secretário, tem que dormir tarde, acordar cedo, ter humildade e sentir, naturalmente, aquilo que o povo sente, o sol no juízo, quando for preciso, a chuva, lama, poeira, para a gente continuar fazendo da Bahia um estado inclusivo”. Como prioridade, o novo governador promete combater a fome, gerar emprego e renda e fortalecer a educação do estado. 

Jerônimo

Nomes são especulados

Apesar da falta confirmação, muitos nomes são especulados para fazer parte do novo governo. O próximo vice-governador Geraldo Júnior deve ser indicado para assumir uma pasta estratégica, provavelmente, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Para a Chefia de Gabinete, um dos nomes lembrados é o de Adolpho Loyola. O titular da Serin, Luiz Caetano, deve continuar à frente da Secretaria de Relações Institucionais. O deputado federal Afonso Florence é cotado para Secretaria de Educação para facilitar a ida de Josias Gomes para Brasília. Ele é o primeiro suplente do grupo. 

Afonso Florence

Faltam confirmações

Para a Secretaria de Segurança Pública, um dos nomes lembrados é o do comandante-geral da Policia Militar, Paulo Coutinho. Para a pasta da Infraestrutura, o mais forte é o do deputado federal Otto Filho, que pode abrir espaço para o primeiro suplente do partido. Carlos Melo pode ocupar a Casa Civil, e a deputada estadual Olivia Santana para a Cultura. 

Otto Filho

E no Turismo?

Com a extinção da Bahiatursa, há quem diga que o titular do órgão, Diogo Medrado, possa ser alçado à condição de secretário de Turismo. E o jornalista Bruno Monteiro para a Secretaria de Comunicação Social, caso o titular André Curvelo saia do governo ou decida acompanhar Rui em Brasília. A conferir.

Diogo Medrado

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