Vixe! A decisão que rachou o PT. A exclusão de Wagner e Otto. A força de Rui na escolha da chapa. E mais, a ameaça real do PP

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redacao 09/03/2022 09:27 Política

A decisão que rachou o PT

A decisão do senador Jaques Wagner de não disputar o governo do estado na eleição deste ano mostrou para a população um Partido dos Trabalhadores rachado. De um lado, os militantes que defendem a tese do ex-governador, de ficar fora do processo eleitoral. Do outro, os petistas que integram a ala majoritária da sigla, que apoia a posição do governador Rui Costa e o identifica como líder maior do processo de sua sucessão.


 Wagner e Otto

Rui lidera o processo. Wagner e Otto de fora

O entendimento de parte do PT é que a decisão de Wagner e do senador Otto Alencar (de não disputar o governo) tira-os completamente do processo de escolha do nome que vai brigar pela vaga de Rui na próxima eleição. “O PT, responsavelmente, está aguardando o comando de Rui, já que Wagner abriu mão de liderar o projeto petista no estado”, como disse ontem um integrante da cúpula do partido, contrariado com a decisão do senador de não entrar na disputa. Na verdade, esse episódio expõe o ponto de tensão entre Wagner e Rui, com o apoio da maioria da executiva ao atual governador (16 dos 26 estão com Rui). 

Cacá leão

A ameaça real do PP

Além disso, outra preocupação na articulação política do governo é a ameaça de o PP deixar a base e se debandar para o lado de ACM Neto. Rui já teria entrado em campo para tentar evitar a mudança, até porque, Leão não quer ir. O contraponto dessa história é que o deputado federal Cacá Leão pode ascender como candidato a senador na chapa de Neto e isso mudar o destino do partido. 

Éden Valadares

Lula atualizado

Lula vai ser peça fundamental nesse processo eleitoral. Ontem, o presidente do PT, Éden Valadares, recebeu a incumbência de ir a São Paulo atualizar o ex-presidente Lula e a presidente do partido, Gleisi Hoffman, sobre a situação da sucessão na Bahia. 
 
A formação de bancadas preocupa 

Uma ala majoritária do PT estaria p… da vida com o senador Jaques Wagner. Por isso, teriam fechado apoio incondicional a Rui para ser o condutor da sua própria sucessão. O entendimento deles é que a vitória do atual projeto passa por Rui e a derrota passar por Wagner. Preocupação também com a formação de bancadas. Tinha deputado estadual e federal querendo surfar na onda de Wagner e Lula, que agora está com o coração na mão diante dessa mudança de cenário. 

Decisão atropelou o processo

A leitura feita por pessoas próximas ao governador Rui Costa é que a decisão de Wagner, de tornar pública só agora a sua estratégia para a eleição, atropelou o processo que vinha sendo construído cautelosamente dentro do partido. Para piorar, há quem diga no PT que Wagner já teria decidido sair da disputa pelo governo há mais de seis meses, “o que demonstra total falta de consideração do senador com sua base”, como completou outro petista, chateado com a entrevista dada pelo senador anteontem à Metrópole. 
 
“Não dá pra ter raiva de Otto”

Os petistas amenizaram o tom das críticas feitas ao senador Otto Alencar, que não aceitou disputar o governo. Na verdade, ele, que preside o PSD na Bahia, sempre se colocou como candidato à reeleição para o Senado, sendo cogitado ao governo diante da saída de cena de Wagner. “Não dá pra ter raiva de Otto, pois ele nunca disse que seria candidato a governador. E mais, ele não é do PT”, retrucou outro petista, ressabiado com a novela que passou a vivenciar na cúpula do partido.

ACM Neto

Qualquer um venceria Neto?

Já um parlamentar do PT disse à coluna que concordava com a declaração do vice-governador João Leão, que afirmou ao Portal M! na última semana que qualquer nome (entre ele, Wagner e Otto) teria condição de vencer a disputa contra o ex-prefeito ACM Neto, se confiando na força do PT e do ex-presidente Lula na Bahia. Só não tem o mesmo otimismo quando os nomes ao governo são Caetano, Moema ou Jerónimo. 

Rui errou ao não preparar um sucessor

Um problema apresentado por quase toda a base é que o governador Rui Costa não preparou um nome, dentro do governo ou do seu próprio partido, que pudesse assumir o desafio de disputar o governo, como queria Wagner. Diante da desistência do “galego” e do pinote do senador Otto Alencar, ficou exposta a fragilidade que o governador tinha diante da sua própria base. “Rui não teve a capacidade de fazer o que Wagner fez com ele”, completou o parlamentar, afirmando que, apesar disso, caberá ao governador conduzir a sua própria sucessão.


 Moema Gramacho

Carta fora do baralho?

A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, é considerada por muitos petistas como carta fora do baralho da atual sucessão estadual. Isso devido ao alinhamento dela com o senador Jaques Wagner e o distanciamento com o governador Rui Costa. Estariam sendo cogitados, de fato, os secretários Jerônimo Rodrigues (Educação) e Luiz Caetano (Relações Institucionais). Na bolsa de aposta dos petistas mais próximos ao atual governador está o titular da Educação, que é menos conhecido e com isso tem uma menor rejeição. Além, é claro, do fato de Caetano também ser ligado a Wagner.
 

Jerônimo Rodrigues

Jerônimo poderia ter sido trabalhado

Outro problema, que vários petistas admitem, é que o nome de Jerônimo poderia ter sido trabalhado internamente ao longo dos últimos três anos, o que não aconteceu. “Agora será bem difícil ele ou qualquer outro decolar, o que acabou facilitando a vida para ACM Neto”, como disparou um experiente articulador do governo.

Luiz Caetano

A carona e a fumaça branca

Os secretários Luiz Caetano e Jerônimo Rodrigues pegaram carona ontem no avião do governador Rui Costa, na viagem que ele fez à cidade de Piritiba. A expectativa, de quem viu o voo decolar, era que na volta da viagem a paz pudesse estar selada, com a definição do candidato que o PT e o governador deverão apresentar próximo dia 13 de março, quando Rui promete anunciar a composição da chapa governista.
 
Rui ia puxar o candidato ao governo 

O que causa mais raiva em muitos apoiadores de Rui é que ele, bem avaliado como está, iria puxar a chapa governista junto com o ex-presidente Lula. “O senador ia puxar o governador, independente do candidato ser Wagner ou Otto”, completou o petista, ao lamentar a posição de Wagner de tirar o atual governador da chapa ao Senado. A fonte ouvida pela coluna diz ainda que essa decisão é compartilhada por várias correntes internas do PT, que são maioria no partido. “Essa minoria, que está gritando nas plenárias, não corresponde a 40% do partido”, como completou um militante histórico, ao enfatizar o racha existente hoje na sigla. “São correntes que estão mobilizadas ideologicamente, fazendo o jogo de Wagner”.


Rui Costa

Uma das versões para a exclusão de Rui

Uma das várias explicações para a ausência do governador Rui na vaga ao Senado se dá diante da dificuldade de se apresentar um nome da base para a vaga ao governo. O PP, PSD e PT não possuem nomes com perfil indicado para o posto. Não foram preparados. Há quem alimente, inclusive, o desejo remoto de que Wagner seja alçado novamente à condição de candidato ao governo, que Rui dispute o Senado e que Otto aceite ir para a vice”.

Otto, Wagner e Rui

Chapa imbatível

“Essa seria uma chapa imbatível. E o detalhe é que a presença de dois petistas na majoritária, ao invés de fragilizar e criar mal-estar na base, ela fortaleceria o grupo”, como completou o parlamentar governista, ao enfatizar que aliados do senador Otto Alencar teriam cogitado a presença dele na vice. “Já que seria muito melhor para ele perder na vice de Wagner do que colocar na sua conta essa derrota para o governo”, como completou um integrante do PSD.


Otto Alencar

Quem iria pagar a conta?

Otto, inclusive, foi correto durante todo o processo em que foi sondado para disputar o governo. O senador queria garantir que sua campanha fosse financiada pelo PT, já que ele não havia se preparado para o principal posto da chapa. Até porque, a campanha ao Senado exige menos e é menos dispendiosa do que a candidatura ao governo, que é responsável pelo maior volume de recursos. No entanto, o ruibarboence não se preparou para isso e quer se manter mesmo na busca pela senatoria. 

Leão

Desconfiança no “bonitão”

Outro ponto, citado como crucial para a reviravolta na chapa governista, foi a desconfiança de parte do PSD e do PT sobre o atual vice-governador João Leão. Há quem diga que, uma vez sentado na cadeira, o “bonitão” possa tomar gosto e despertar o interesse para invadir as bases dos aliados, garantindo assim, a formação de uma ampla bancada de deputados estaduais e federais.

Zé Cocá

Rivalidade PSD e PP no interior

Coloque nessa conta ainda o fato de os maiores adversários do PP no interior serem os integrantes do PSD. “Eles vieram do mesmo tronco carlista, que sempre brigou para se viabilizar como banda B, como alternativa nas cidades”, como completou um parlamentar da ala mais à esquerda do governo. Como exemplo ele citou a cidade de Jequié, onde o prefeito Zé Cocá, do PP, briga com o PSD do deputado federal Antônio Brito. “Da mesma forma como acontece em Jequié, acontece em mais de 200 cidades na Bahia”, explicou.

Bacelar

Bacelar de malas prontas para o PT

Informação chegada à coluna Vixe deu como certa a filiação do deputado federal Bacelar no Partido dos Trabalhadores. Após perder o comando do Podemos, que mantém a candidatura do ex-juiz Sergio Moro ao Planalto, Bacelar encontrou guarida no PT.

Wagner

Decisão unilateral

O que mais causou espanto no entorno do governador foi o fato de Wagner ter tornado pública a sua decisão, durante uma entrevista à radio Metrópole, antes mesmo de conversar com o vice-governador João Leão, com os integrantes da base e sem acordar com o próprio Rui. A grita foi geral.

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