Vereadores discordam de condicionar abertura do comércio à taxa de ocupação das UTI’s

O vereador Maurício Trindade (MDB) discorda do trecho do protocolo de retomada das atividades econômicas de Salvador que condiciona o funcionamento do comércio a uma taxa de até 75% de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensivas (UTI). “A taxa de UTI não pode ser encarada como um critério de reabertura do comércio porque esse número muda sempre. Imagine se as lojas abrem e pouco tempo depois, precisam fechar novamente?”, questionou o vereador, que é presidente Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Salvador (CMS).

Médico, Trindade afirma que  prefeitura deveria reabrir o comércio independente da ocupação das UTIs e prescrever medicamentos de combate ao novo coronavírus em massa, de forma a precaver a ida do paciente aos hospitais.

“Existem diversos remédios que podem ser usados nesse caso. O paciente nem precisaria fazer o exame de Covid, caso ele tenha sintomas. Só bastava ser atendido clinicamente e tomar os remédios prescritos por um médico”, disse o legislador. 

Assim como Maurício Trindade, o vereador e médico Cezar Leite (PRTB) também criticou o protocolo de reabertura do comércio. “Eu não sei de onde o prefeito [ACM Neto] tirou esses dados de ocupação de UTIs de Covid. Eles não são confiáveis”, afirmou ao relembrar que o infectologista Roberto Badaró disse que o Hospital Espanhol diagnosticava pacientes com coronavírus sem fazer o exame, fato já esclarecido pelo infectologista. 

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Cezar Leite  também é favorável à ideia do uso da hidroxicloroquina às pessoas, para o tratamento precoce da Covid-19 e redução do tempo de internamento.