TSE multa empresa em R$ 80 mil por pesquisa irregular de voto

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maria Claudia Bucchianeri, multou em R$ 80 mil uma empresa de pesquisa de intenções de votos e a classificou como “irregular e fraudulenta”. A decisão se deu porque o levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral como sendo sobre Minas Gerais, porém, com perguntas a respeito do Rio de Janeiro e apresentado com resultado sobre São Paulo.

Segundo a verificação, os dados indicavam o presidente Jair Bolsonaro (PL) liderando em Minas Gerais.

Na decisão, Bucchianeri explica: “Verifica-se que a pesquisa impugnada, clandestinamente, levantou dados sobre a disputa presidencial, muito embora, em seu registro, constasse a coleta de informações apenas em relação aos cargos de Governador de Estado e Senador da República”.

Ainda de acordo com a decisão da ministra, “o cenário, portanto, é de variadas irregularidades na pesquisa, a revelar descompromisso não apenas com a legislação eleitoral, mas também com a própria integridade dos resultados ao final obtidos, em comportamento que, ao fim e ao cabo, culmina por comprometer a confiança na integralidade dos institutos de pesquisa”.

A pesquisa havia sido suspensa no dia 31 de setembro pelo então relator, ministro Raul Araújo, após aceitar recurso apresentado pela coligação Brasil da Esperança, dos candidatos Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).

Segundo argumento apresentado pela campanha do petista, a pesquisa ModalMais/Futura, feita em Minas entre os dias 16 e 19 de agosto, geraria prejuízo à “lisura do pleito eleitoral” pela forma como vinha sendo divulgada na internet.

Na ação, a campanha de Lula e Alckmin questionou que a pesquisa foi registrada apenas para consulta das intenções de voto para “os cargos de governador e senador, sem a previsão para pesquisar o cargo de presidente da República, o que consubstancia vício insanável”.

* Com informações da CNN Brasil