‘Temos que acabar com esse vitimismo’, diz vereadora ao repudiar ato na Câmara pelo dia LGBTQIA+

A bancada evangélica na Câmara Municipal de Salvador repudiou, nesta segunda-feira (28), uma ação da própria Casa que, entre hoje a próxima quinta-feira (30), vai iluminar, com as cores do movimento LGBTQIA+ – em alusão ao Dia do Orgulho, celebrado nesta segunda -, a fachada da sede do Legislativo soteropolitano.

Para um dos membros da bancada, a vereadora Débora Santana (Avante), as pessoas devem ser responsáveis pelas suas escolhas e não quer ficar se vitimizando, impondo opiniões.

“A casa é plural, nós respeitamos todas as opiniões, mas a gente não gosta da questão do vitimismo de ser LGBT. Eu sou mulher, sou viúva, criei 3 filhos e nem por isso fico me vitimizando da escolha que eu fiz”, afirmou a edil.

“As pessoas são responsáveis pelas suas escolhas e ficam nesse discurso de vitimismo de querer sempre estar aparecendo ou impor uma opinião que a gente respeita, mas não precisa aceitar”, salientou.

Para o líder da bancada na CMS, vereador Ricardo Almeida (PSC), é preciso observar, inicialmente, o chamado livre arbítrio e que as escolhas das pessoas devem ser respeitadas. Contudo, há grupos mais vulneráveis que necessitam de maior atenção por parte da Câmara.

“O que vale é o respeito as escolhas individuais que todo ser humano têm, muito conhecido como livre arbítrio. Isso não se questiona. Porém, você criar uma superprodução, criar leis específicas (…) Temos tantas crianças vulneráveis, tantas leis que precisam ser criadas para proteger públicos mais vulneráveis e que não são criadas”, disse o parlamentar.

“Nós reconhecemos também, como bancada, a agressão que sofrem os homossexuais sofrem, quando são expulsos de casa pela ignorância de seus pais, que não aceitam a homossexualidade. Isso a gente é contra. Somos a gente é favor do acolhimento, do amor e do respeito. Mas, somos contra e toda e qualquer lei que venha a criar estímulo (…) acatar aquilo como normal, o que não é para nós. É uma opção que precisa ser respeitada, mas não estimulada por essa Casa. Temos muita coisa para fazer por esta cidade, para além dessas pautas”, finalizou.