“Sou a única candidata de esquerda”, diz Tâmara Azevedo sobre corrida eleitoral ao Senado

Militante e ativista desde os 14 anos, a pré-candidata ao Senado pelo PSOL, Tâmara Azevedo, se define como uma pessoa devotada às causas populares. Segundo ela, sua trajetória começou no movimento estudantil em 1989, mesmo período da primeira candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência, momento que foi descrito por Tâmara como “grande novidade e atrativo para que os jovens pudessem estar mais próximos”.

Ela, que se intitula como a “única candidata de esquerda”, aponta que colocou seu nome à disposição do partido, totalmente compromissada com as lutas populares.

Em entrevista ao editor-chefe do Portal M! e colunista do jornal A Tarde, Osvaldo Lyra, nesta segunda-feira (25), a pré-candidata também afirmou que é necessário confiar em quem “realmente tem a cara da Bahia, quem tem lutas diárias na defesa dessa população e que nunca trocou de lado”.

A pré-candidata também falou sobre o desafio de assumir a candidatura pelo PSOL em uma eleição disputada, como deverá ser a deste ano.

“É uma eleição bastante disputada. Nosso partido é o que mais cresce no Brasil, isso é importante que seja dito. Não só na esquerda, mas no geral é o partido que mais cresce. E essa é uma eleição histórica, em que nós vamos verdadeiramente decidir os rumos desse país. Vamos optar entre a democracia e o fascismo, vamos optar entre as causas populares e o interesse empresarial, vamos optar entre a soberania e a completa dependência do país em relação a outras forças. Então, ela é realmente uma eleição completamente atípica e que vai marcar a história do nosso país, haja vista o que estamos passando desde o golpe de 2016 em relação à restrição dos nossos direitos”, afirmou. 

Apoio na legenda

Tâmara também falou sobre sua relação com o pré-candidato do PSOL ao Governo da Bahia, Kleber Rosa. De acordo com ela, a estratégia adotada na legenda é de apoio mútuo entre os pré-candidatos.

“Um vai ajudar o outro. Nós somos um partido que tem um perfil bem diferenciado. Tanto eu quanto Kleber somos dois militantes do movimento negro, é importante que isso seja dito, essa cara preta. E também esse volume de candidaturas negras. Também do ponto de vista da relação com as proporcionais, nós temos o maior volume de mulheres e negros concorrendo às vagas de deputado federal e estadual. Então, a gente tem que trabalhar assim, em conjunto, fortalecendo a nossa chapa, e os partidos que estão nos apoiando”.