Senadores decidem antecipar depoimento de Queiroga à CPI da Covid
Plano acertado pelo G7 inclui encerrar, após esta semana, o debate na comissão sobre o uso de cloroquina
Os senadores que compõem o grupo majoritário da CPI da Covid decidiram alterar o cronograma da comissão para as próximas semanas, antecipando dois depoimentos que ainda não estavam com data acertada: a reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a oitiva de Luana Araújo, médica indicada para comandar uma secretaria dedicada à pandemia e cuja nomeação foi barrada pelo Planalto.
Eles devem ser chamados a falar ainda em junho, informou o comando da CPI à CNN Brasil. A estratégia foi debatida neste domingo (30), quando os integrantes do chamado G7 se reuniram de forma virtual.
Segundo Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, o grupo acredita que Queiroga precisa voltar a falar o quanto antes. A avaliação é que o atual ministro precisa ser novamente inquirido diante da insistência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em comparecer, sem máscara, a manifestações que causam aglomerações.
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que Queiroga tem sido “omisso e cúmplice” e, por isso, a CPI entende que sua fala deve ser antecipada.
“Queiroga tem silenciado quanto à continuidade do morticínio e este não é o seu papel. Enquanto isso, as UTIs continuam a encher e o presidente pedindo ao STF autorização para aglomerar”, disse Calheiros, referindo-se à ação de Bolsonaro para impedir medidas de restrição de governadores.
Uso de cloroquina
O plano acertado pelo G7 inclui encerrar, após a próxima semana, o debate na comissão sobre o uso de cloroquina. Os senadores entendem que já está estabelecida a ineficácia do medicamento no tratamento da Covid-19 e, ao seguir falando sobre isso, a CPI favorece distorções e até propaganda indevida do chamado “kit Covid”.
“Não adianta mais ficar discutindo isso. O próprio presidente Jair Bolsonaro, que é o maior defensor disso, não tem mais falado o nome do remédio publicamente”, disse Otto Alencar (PSD-BA).
De acordo com Alencar, a ideia do G7 é usar o depoimento da oncologista e imunologista Nise Yamaguchi para falar do ‘gabinete paralelo’ que supostamente assessorava o presidente da República, como indicou o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O grupo de senadores concordou que não dará mais espaço na comissão para debater se cloroquina funciona ou não, pois já está comprovado que o seu uso é indevido.
“Tudo que ela (Nise Yamaguchi) precisaria falar sobre cloroquina já falou. Seria o caso de pedir algumas confirmações. Sobre o gabinete paralelo já temos muita coisa e a expectativa das pessoas que a conhecem é de que ela não vai mentir, se omitir ou negar o que ocorreu e ocorre”, diz Renan Calheiros.
Os integrantes da CPI já bateram o martelo sobre não chamar mais especialistas para falar do chamado “tratamento precoce”.
Serão mantidos os nomes previstos para a próxima semana: Nise Yamaguchi na terça-feira (1º) e um grupo de médicos na quarta-feira (2) – neste dia, serão ouvidos Clovis Arns da Cunha, que é presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, e outros três especialistas.
Mas a CPI avalia ainda se Claudio Maierovitch, médico sanitarista e ex-presidente Anvisa e da Fiocruz, e Nathalia Pasternak, microbiologista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), falarão na outra semana.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que defende a manutenção do nome de ambos no cronograma. O grupo irá confirmar essa participação após os depoimentos da próxima quarta-feira (2).
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