Senado aprova inclusão de agravante para crime de racismo no Código Penal
Matéria segue agora para a apreciação da Câmara dos Deputados
O Senado aprovou, nesta quarta-feira (25), um Projeto de Lei que altera o Código Penal e inclui a previsão de agravantes aos crimes praticados por motivo de racismo. O projeto é do senador Paulo Paim (PT-RS) e foi aprovado por unanimidade, de forma simbólica. O texto segue para a Câmara dos Deputados.
O projeto também prevê, além do racismo, agravantes por outros tipos de preconceito. O texto inclui no Código Penal brasileiro a possibilidade de inserir agravante “por motivo de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional ou orientação sexual”.
Já existe na legislação brasileira a injúria racial, mas não existe, de acordo com o relator do projeto, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), um agravante genérico que se aplica a todos os crimes indistintamente, se resultantes de preconceito de raça ou de cor.
O projeto utilizou os termos empregados na Lei 7.716/89, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Após discussão entre os senadores, eles decidiram incluir “orientação sexual” no rol de agravantes, como um pleito do senador Fabiano Contarato (Rede-ES).
O projeto foi apresentado em 2015 e foi votado nesta quarta como um item extrapauta, ou seja, sua votação não estava prevista na sessão.
Resposta ao assassinato de João Alberto
A votação foi um pedido de Paim, como uma resposta do Senado ao assassinato de João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, espancado por seguranças brancos. O crime ocorreu em uma unidade da rede de supermercados Carrefour, em Porto Alegre.
Para Paim, o Senado deve se posicionar e oferecer uma resposta à sociedade diante do crime ocorrido na véspera do Dia da Consciência Negra. Todos os senadores concordaram com a proposta do parlamentar gaúcho.
O relator do projeto afirmou que o racismo estrutural no Brasil “é uma realidade” e precisa ser combatido. Ele citou exemplos recentes ocorridos no Brasil e também mencionou o assassinato de João Alberto.
“Questionamos: esse cidadão teria o mesmo tratamento caso fosse branco? Talvez não. As estatísticas contribuem para essa percepção”, disse Pacheco.
“De acordo com a classificação adotada pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], negros, pretos e pardos representam 75,7% das vítimas de homicídios no Brasil. Os dados foram colhidos pelo Atlas da Violência 2020 e publicados pelo IPEA [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada]. A questão racial, portanto, é uma problemática constante em diversos conflitos da nossa sociedade”, completou.
* Com informações da Agência Brasil.
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