Sem citar Bolsonaro, Pacheco diz que é preciso defender a democracia de atentados nocivos

Em discurso na abertura do Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador, na quinta-feira (12), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), disse que é preciso defender a democracia e o poder judiciário brasileiro. Sem citar o presidente Jair Bolsonaro (PL), ele afirmou que o Congresso deve “combater excessos” que seriam nocivos para a sociedade.

“É preciso haver um fortalecimento das instituições. Como disse o governador Rui Costa aqui, é inimaginável que chegaríamos em 2022 precisando defender o judiciário. Precisamos defender a democracia em tempos de atentados nocivos à sociedade brasileira. Temos que ter coragem para defender o nosso judiciário e queria reafirmar aqui que eu respeito o poder judiciário do meu país”, disse o senador.

Pacheco também defendeu a aprovação da PEC 63, sobre a reestruturação da magistratura brasileira. Segundo ele, o projeto deve ser discutido em breve no Senado.

Polêmica

Sem apresentar provas, o presidente Jair Bolsonaro tem questionado a confiabilidade das urnas. Ele chegou a sugerir que as Forças Armadas façam uma apuração paralela dos votos. 

Após a declaração, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou, na quinta-feira (12) que “ninguém e nada interferirá” na Justiça Eleitoral e que o país terá eleições limpas.

No mesmo dia, o presidente Bolsonaro abaixou o tom e disse que as Forças Armadas “não estão se metendo nas eleições” e classificou a fala do ministro como “descortês”.

“Eu não sei de onde ele [Fachin] está tirando esse fantasma de que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral. As Forças Armadas não estão se metendo nas eleições. Elas foram convidadas. [.] Não se refira dessa forma às Forças Armadas. É uma forma bastante descortês de tratar uma instituição que presta, em várias áreas, excelentes serviços ao Brasil”, disse Bolsonaro.

*Com informações do g1