Rui defende regulamentação de pesquisas eleitorais e evita fazer projeção sobre desempenho de Major Denice no pleito de domingo

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), defendeu, nesta segunda-feira (9), uma regulamentação das pesquisas eleitorais que são divulgadas, ao afirmar que muitos levantamentos são feitos com base em interesses mais diversos. Ele acredita que os estudos já divulgados acabam influenciando a decisão da população.

“Não defendo intervenção nos processos de pesquisa, mas o legislador deveria se debruçar sobre uma normatização de como se fazer e divulgar pesquisa. Isso influi na formação de opinião das pessoas e nós não temos controle sobre isso. Muitas delas são financiadas por prestadores de serviço que têm interesses. Eu sou cético com pesquisa porque ela envolve isso e acho que Congresso deveria regulamentar essa questão”, afirmou o petista.

Ao ser questionado sobre o desempenho da Major Denice (PT), na eleição para à Prefeitura de Salvador, Rui evitou fazer quais projeções, pelo fato de estar eleição ter sido atípica, em virtude da pandemia de covid-19, ainda mais nas maiores cidades da Bahia, a exemplo da capital.

“Isso principalmente pela ausência do corpo a corpo. Vejo que parte da população está fria com relação a eleição. Não é fácil saber como está o humor. Acredito também que a abstenção deve ser mais alta do que as últimas eleições. E essa abstenção elevada pode mudar os pontos percentuais. Não vou arriscar palpite. Além disso, as pesquisas normalmente na Bahia não acertam, justamente por não acertar o humor das pessoas”, avaliou.

Covid-19

Sobre o novo coronavírus, o petista espera que as eleições não sejam um ponto de partida para uma segunda onda da doença na Bahia, uma vez que, principalmente pelo interior, muitas aglomerações têm sido registradas durante as campanhas de candidatos. Por outro lado, ele lamentou que parte da população tenha baixado a guarda e deixado de usar máscaras.

“Temos tido pequenos altos e baixos municípios, com relação aos casos e estou debitando isso retomada das atividades, além de algumas pessoas terem baixado a guarda. Há um número grande de pessoas sem máscara. Isso é um risco. Eu apelo à população use máscara. Também pode ser colocado nessa conta as aglomerações das campanhas eleitorais. A paixão e vibração vem provocando isso. Quanto menor a cidade, maior a paixão. Porém, não houve elevação de casos em cidade nenhuma. O cenário atual não sinaliza nada que provoque pânico ou uma segunda onda. Mas, semana que vem pode ser que o quadro mude”, alertou.