Reprovação a Bolsonaro bate novo recorde e cresce para 53%, aponta Datafolha
Presidente é avaliado como bom ou ótimo por 22% e como regular por 24% dos entrevistados
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou ao maior índice de reprovação ao seu mandato: 53%. Foi o que apontou o levantamento do Datafolha, realizado entre os dias 13 e 15 de setembro, quando o instituto ouviu presencialmente 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou menos.
Houve oscilação dentro da margem de erro em relação ao recorde apontado em julho, quando o governo Bolsonaro atingiu 51% de reprovação. O presidente é avaliado como bom ou ótimo por 22%, oscilação negativa dos 24% da pesquisa anterior. Os que o consideram regular são 24%, mesmo índice de julho.
A nova pesquisa do Datafolha sugere que, depois dos atos do 7 de setembro, reproduzem uma fotografia do nicho decrescente do bolsonarismo entre a população.
Por outro lado, o recuo do presidente após a pressão institucional contra sua retórica golpista mirando o Supremo Tribunal Federal, também não trouxe impacto perceptível na forma de uma queda abrupta de apoio ao presidente na sua base – como havia sido aferido nas interações de rede social.
Essa tendência de rejeição segue constante neste ano, após um 2019 marcado pelo racha em três partes iguais da opinião da população sobre o presidente e um 2020 que o viu se recuperar da resposta errática à pandemia da Covid-19 com a primeira fase do Auxílio Emergencial aos afetados pela crise. Neste ano, com a ajuda menor, não houve reação.
A escalada da crise política após a cooptação final do Centrão como um seguro contra impeachment, por opção exclusiva de Bolsonaro, se mostra uma aposta insuficiente em termos do conjunto da população. Também não houve uma mudança que possa ser atribuída aos esvaziado atos convocados por entidades de direita em busca de uma terceira via, no domingo passado (12).
O Datafolha identificou um aumento mais expressivo de rejeição ao presidente entre quem ganha de 5 a 10 salários mínimos (41% para 50%, de julho para cá) e entre as pessoas com mais de 60 anos (de 45% para 51%).
Significativamente, o presidente passou a ser mais rejeitado no agregado das regiões Norte e Centro-Oeste (16% da amostra), onde costuma ter mais apoio e de onde saíram muitos dos caminhoneiros que ameaçaram invadir o Supremo na esteira do 7 de Setembro. O perfil de quem rejeita o presidente segue semelhante ao já registrado antes.
Péssima notícia eleitoral, já que perfazem 51% da população na amostra, 56% daqueles que ganham até 2 salários mínimos o acham ruim ou péssimo, assim como 61% dos que têm curso superior (21% da amostra).
Em nichos, há rejeições bastante expressivas entre gays e bissexuais (6% dos ouvidos), de 73%, e entre estudantes (4%): 63%. Em sentido inverso, os mais ricos são o grupo em que a reprovação do presidente mais caiu de julho para cá, de 46% para 38%, retomando pontualmente uma correlação que remonta à campanha que levou o capitão reformado à Presidência. Entre eles, 36% o consideram ótimo e bom. Integram esse contingente 3% da população pesquisada.
O Sul (15% da amostra), bastião do presidente desde a disputa de 2018, segue o avaliando melhor do que outras regiões: 28% dos ouvidos o aprovam. Os empresários (2% dos ouvidos) permanecem com os mais fiéis bolsonaristas, com 47% de aprovação. É o único grupo em que o ótimo e bom supera o ruim e péssimo (34%).
No segmento evangélico, outra base do bolsonarismo, as notícias não são boas para o presidente. Desde janeiro, a reprovação dele já subiu 11 pontos, e hoje está superior (41%) à sua aprovação (29%). Na rodada anterior, havia empate técnico (34% a 37%, respectivamente). Isso ocorre em meio à campanha por ora frustrada de emplacar o ex-advogado-geral da União, André Mendonça, que é pastor, para uma vaga no Supremo.
* Com informações da Folha de S. Paulo.
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