“Quem tem responsabilidade não precisa de teto de gastos”, diz Lula à empresários em São Paulo
Ex-presidente e candidato à presidência cita necessidade de reformas administrativa e tributária no país
O ex-presidente e candidato à presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta terça-feira (9), que não precisa da lei do teto de gastos para garantir a responsabilidade fiscal em um eventual novo governo comandado por ele. Crítico do teto, que cria um limite para os gastos públicos por 20 anos, Lula já afirmou por diversas vezes que pretende revogá-la se for eleito.
“Tem muita gente que fala assim para mim: você precisa falar na responsabilidade fiscal. Eu, sinceramente, fico às vezes até ofendido, porque quem não tem responsabilidade fiscal cria uma lei de teto de gastos. Quem tem responsabilidade na sua origem não precisa de lei para fazer teto de gastos”, disse durante evento com empresários na Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp).
O candidato petista também prometeu “credibilidade, estabilidade e previsibilidade” em um possível governo.
“Nada será feito de surpresa, não haverá política de surpresa, não vamos dormir de noite e à meia-noite anunciar um pacote. Na minha vida não existe isso. Tudo será motivo de discussão e tudo será público até o sol estiver aparecendo. Quando o sol se esconder, não tem mais acordo, aí só pro outro dia”, disse Lula.
Ele prometeu ainda que os empresários vão “voltar a ser respeitados” e a ser “tratados com a defesa que tem que ser tratada nas relações internacionais”. Segundo o petista, o país precisa voltar ao que classificou como “normalidade” para atrair investimentos e ter maior crescimento econômico.
Reforma administrativa e críticas ao Auxílio Brasil
No mesmo evento, Lula prometeu promover reformas administrativa e tributária, mas não detalhou as ações. “Vamos ter que fazer reforma administrativa porque tem gente ganhando muito e gente ganhando muito pouco. É possível fazer justiça a partir de uma reforma administrativa e nós vamos fazer porque o Brasil precisa disso.”
“Nas primeiras semanas eu vou querer reunir os 27 governadores para a gente discutir sobre o pacto federativo e segundo a gente ver quais são as três ou quatro obras mais importantes de cada estado para a gente investir”, complementou.
O ex-presidente também teceu críticas ao aumento do Auxílio Brasil para R$ 600. Segundo ele, a iniciativa, aprovada no Congresso Nacional com o apoio das bancadas petistas na Câmara e no Senado, tem caráter “eleitoreiro”.
A crítica faz parte de uma orientação da campanha que pretende veicular na TV um vídeo que ressalta caráter temporário do benefício e relaciona a paternidade dos programas sociais de distribuição de renda aos governos Lula.
“Nós vamos concorrer em uma eleição vendo um dos adversários, para não citar nomes, fazendo a maior distribuição de dinheiro que uma campanha política já viu desde o fim do Império. Não se tem precedente na história do Brasil de alguém que, faltando 57 dias para as eleições, resolva fazer uma distribuição de 50 e poucos bilhões de reais em benefício que só dura até dezembro. Ou seja, são benefícios que têm uma duração muito pequena”, disse.
Aceno ao agronegócio
Ainda durante sua fala, Lula fez críticas ao governo federal sobe o agronegócio. Segundo ele, a última medida que beneficiou o setor foi em seu governo: a edição de uma medida provisória que, segundo ele, resolveu o problema da securitização da dívida ruralista em R$ 89 bilhões.
Aliados de Lula têm feito esforço para atrair setores do agronegócio para a campanha do ex-presidente. Alckmin recebeu carta branca para dialogar com o setor e tem viagens previstas para o centro-oeste nas próximas semanas.
A chapa conta também com apoio de políticos ligados ao agro, como o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), coordenador de campanha de Lula no Mato Grosso, e do deputado Neri Geller (PP-MT), candidato ao Senado.
*Com informações da CNN Brasil
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