Políticos e juristas brasileiros condenam ataque ao Congresso americano por manifestantes trumpistas

Em meio a ameaça à democracia dos Estados Unidos, com a invasão do Capitólio, nesta quarta-feira (6), por manifestantes pró-Donald Trump, os políticos brasileiros já demostraram estar atentos. De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os atos em Washington são fruto de desespero de uma corrente antidemocrática, que saiu derrotada das eleições. 

“Fica cada vez mais claro que o único caminho é a democracia, com diálogo e respeitando a Constituição”, escreveu Maia, em suas redes sociais.

Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado na corrida presidencial de 2018, aproveitou o episódio para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Trump é um mau exemplo para o mundo e coloca não só os EUA em risco, mas todos os países democráticos. Temos que nos manter vigilantes. Bolsonaro é aprendiz e capacho de Trump. É hora do Congresso brasileiro colocar um freio em seus crimes e abrir o processo de impeachment”, postou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, também usou suas redes sociais para comentar o episódio. Ele descreveu os autores como “apoiadores do fascismo”.

“No triste episódio nos EUA, apoiadores do fascismo mostraram sua verdadeira face: antidemocrática e truculenta. Pessoas de bem, independentemente de ideologia, não apóiam a barbárie. Espero que a sociedade e as instituições americanas reajam com vigor a essa ameaça à democracia”, completou.

Para o ministro Gilmar Mendes, do STF, a invasão do Capitólio revela as graves consequências do sectarismo político. “O episódio reforça a importância de uma Justiça Eleitoral altiva. Notícias falsas e milícias digitais não apenas corroem a democracia: elas colocam em risco a vida humana”, escreveu nas redes sociais.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS) afirmou que o resultado das eleições nos estados representa a vontade legítima do povo americano.

“Da mesma forma que os vencedores têm que saber vencer, os derrotados principalmente têm que compreender a derrota e aceitá-la, dentro de um sistema democrático que preza pela soberania da democracia a qualquer custo”, afirmou Trad.

* Com informações da Folhapress.