PL anuncia que será oposição a Lula e convida Bolsonaro para presidência de honra da sigla

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, anunciou nesta terça-feira (8) que a sigla fará oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir de 2023. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva, em que também foi anunciado o convite ao presidente Jair Bolsonaro (PL) para a presidência de honra do partido.

“O PL não renunciará às suas bandeiras de ideais, será oposição aos valores comunistas e socialistas, será oposição ao futuro presidente”, declarou.

Já sobre o convite a Bolsonaro, Costa Neto afirmou que o atual presidente “devolveu ao nosso povo o orgulho de ser brasileiro”, fazendo a economia crescer e gerando empregos. Ele acrescentou que o PL continuará “na busca por uma nação unida pela liberdade, verdade e fé”.

“Nos sentiríamos muito felizes se o presidente Bolsonaro assumisse a presidência de honra do Partido Liberal”, destacou.

O presidente do PL afirmou também que há o desejo de que Bolsonaro comande o partido. “Queremos o Bolsonaro à frente dessa luta que ele construiu para levar o nosso partido a um patamar mais importante”, adicionou. Costa Neto também disse que foi “graças a Bolsonaro” que o partido construiu a maior bancada de deputados federais e senadores.

Apoio a protestos

Já sobre os protestos de apoiadores bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições, o presidente do PL afirmou que os manifestantes “têm o nosso apoio”. “O que o presidente deixou claro é que não podemos fazer um movimento que traga prejuízo para o país, que proíbam o ir e vir. Agora, os que estão fazendo movimento dentro da lei, sem atrapalhar a vida de ninguém, têm o nosso apoio”, explicou.

Ainda sobre o resultado das eleições 2022, o presidente da sigla observou que foram feitos questionamentos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que aguardam a auditoria realizada pelo Exército. “Por enquanto, não temos nada na mão”, pontuou.

Quando perguntado se o partido apoiará Bolsonaro em eventuais contestações sobre as eleições, destacou que vão “segui-lo no que for preciso”, mas afirmou que o presidente “só vai questionar o resultado se tiver algo real na mão”. “Se não tiver, ele não vai fazer isso, ele já deixou claro isso aí”, destacou.

Costa Neto também aproveitou para reconhecer que Bolsonaro “teve uns tropeços no primeiro ano e meio de mandato”, mas que adquiriu experiência na sequência. “Bolsonaro nunca foi um político nato, sempre foi independente na Câmara. Teve uns tropeços, vacina, essas coisas, mas depois pegou”, ponderou.

Ele também ressaltou que o PL vai apoiar Arthur Lira, mas “com a garantia que ele nos ajude e trabalhe para eleger nosso candidato no Senado”.

PEC de Transição

Questionado sobre a possibilidade de apoiar a eventual PEC de Transição, estruturada pelo novo governo, que permitiria a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, Valdemar afirmou ter discutido o tema com o atual presidente.

“Conversei longamente esse assunto com o presidente Bolsonaro, sobre nossa posição. Ele falou que todos esses assuntos, a nossa posição, tem que levar para bancada e nós resolvemos juntos. Se é do interesse público, de interesse do país – o Bolsonaro me falou isso -, nós vamos votar a favor, mas tudo tem que ser muito discutido antes”, disse Valdemar.

* Com informações da CNN Brasil